Justiça despacha segunda liminar de suspensão da obra investigada em SP
Depois de parar a retirada de árvores, instrumento determina a interrupção de escavações e derrubada de casas, devido a nascente de rio
A obra do Complexo Viário Sena Madureira, em São Paulo, parece um novelo emaranhado com muitas pontas soltas. Depois de a Justiça determinar a suspensão temporária do corte de árvores do corredor verde, localizado no canteiro central da avenida, os funcionários desligaram as motosserras, mas continuaram os trabalhos, em uma rua próxima, onde ficam duas comunidades, uma delas batizada de Souza Ramos. Nesta quinta-feira, 14, saiu a segunda liminar, que pede a suspensão da obra porque existe indícios da nascente de um rio na região. Apesar do despacho, até as 12h, os operários da prefeitura continuavam escavando o solo.
A nova suspensão é decorrente de uma ação popular movida pelo deputado Eduardo Suplicy e da vereadora Luna Zarattini Brandão, ambos do PT, contra o município de São Paulo e a construtora Queiroz Galvão. O instrumento prevê multa diária de 100 mil reais, caso as obras continuem. “Há questionamentos a respeito da existência ou não da nascente natural no imóvel indicado, próximo a Rua Maurício Francisco Kablin, altura 37, e Rua Afonso Celso, na Vila Mariana, bem como sobre possível existência de APP no local, com curso d’água do Córrego Embuaçu”, escreveu o juiz Paulo Ayrosa.
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