Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Energia solar e eólica podem gerar 2 milhões de empregos no Nordeste

Além de estimular a implementação de fontes limpas, investimentos verdes devem levar em consideração as populações locais e a proteção do meio ambiente

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 ago 2022, 15h52 - Publicado em 10 ago 2022, 15h49

No Nordeste, 66 gigawatts foram outorgados em projetos de energia renovável, o que equivale a quase cinco usinas como a de Itaipu em potência energética. O dado faz parte do Plano Potência Nordeste, elaborado por organizações da sociedade civil, para mostrar como a região pode se tornar referência no desenvolvimento sustentável com crescimento econômico.

Considerando as outorgas já existentes, mais de 2 milhões de empregos podem ser criados nos próximos anos nos setores de energia solar e eólica, caso os planos sejam implementados.

De acordo com uma pesquisa do Instituto ClimaInfo, realizada em maio de 2022 pelo IPEC, a população apoia o investimento em tecnologias verdes. Segundo o estudo, 73% dos brasileiros apontam que os governos federal e estaduais deveriam considerar como prioridade alta o desenvolvimento de uma indústria verde no país, e 69% declararam ter sentimentos positivos com relação à energia solar.

Além disso, 71% entenderam como alto grau de prioridade o anúncio de um programa de geração de empregos locais para o reflorestamento de margens de rios.

Para Aurélio Souza, do Instituto Climainfo, “o Nordeste está hoje passando por grandes mudanças. Ao mesmo tempo que as energias renováveis crescem, é preciso garantir que essa expansão seja feita de maneira ordenada, com menos impacto e com bases sólidas para que um mercado de trabalho com empregos bons e qualificados se forme”.

Continua após a publicidade

Para que a implementação do plano seja bem-sucedida, um dos pontos é garantir o protagonismo e a inclusão das populações locais como parte do planejamento para consolidação e expansão da geração de energia desde o início.

Atualmente, o Nordeste responde por 20% do total de energia elétrica gerada no Brasil, atrás somente da geração no Sudeste. De acordo com o Plano Potência Nordeste, para expandir a capacidade de geração de energia elétrica com fontes limpas, áreas degradadas e abandonadas, exceto quando prioritárias para recuperação e uso tradicional, devem ser escolhidas para receber novas centrais e linhas de transmissão.

Assim como ocorre em outras obras, o licenciamento ambiental deve considerar os cenários futuros para a região, além de trabalhar com a melhor e mais recente ciência existente.

Para o coordenador-executivo do Grupo Ambientalista da Bahia (Gamba), Renato Cunha, “a transição energética é fundamental para descarbonizar o planeta, mas deve ser feita com participação da sociedade e levar em conta a justiça social e ambiental das comunidades que podem ser afetadas”. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.