Antonio Fagundes: ‘É obrigação do governo patrocinar a cultura’
Ator fala sobre leis de incentivo, seu espetáculo 'Baixa Terapia', que vai chegar ao número de 250.000 espectadores, e sobre próximo papel em novela
O convidado desta semana do Páginas Amarelas é o ator Antonio Fagundes, veterano com décadas de carreira no cinema, teatro e televisão. Na entrevista ao repórter João Batista Jr., ele fala sobre seu espetáculo Baixa Terapia, que já foi apresentado mais de 300 vezes por 27 cidades brasileiras, três dos Estados Unidos e nove de Portugal. A peça, atualmente em cartaz no Tuca, o Teatro da Universidade Católica de São Paulo, vai chegar ao impressionante número de 250.000 espectadores.
Fagundes comenta sobre a dificuldade, enfrentada por muitos produtores culturais, de se estrear uma peça e sobre patrocínios e leis de incentivo à cultura. O ator afirma que não usa e não gosta de usar a Lei Rouanet, mas defende que o governo deve, sim, patrocinar a cultura. “Algumas coisas dependem mesmo da participação do governo”, diz. “Uma Pinacoteca, por exemplo, não pode ser mantida só com o preço de bilheteria e eu acho que não deve nem ser cobrado ingresso para o público ver grandes exposições. Quando a gente fala de cultura, parece que a gente se limita a cinema, teatro. Mas não é só isso: tem o circo, a dança.”
O ator também fala sobre o papel de dono de uma editora de livros na novela Bom Sucesso, que estreia na faixa das 7 na Globo no próximo dia 29, e sobre sua paixão por leitura. “Eu não empresto livros, eu dou. O livro, uma vez que você leu, é seu. Tenho ciúmes, então eu compro outro exemplar e dou (para as pessoas).”