Giro Veja: Chacina no presídio de Altamira é a maior desde Carandiru
Com 62 assassinatos, massacre só não supera o de 1992, que deixou 111 detentos mortos
Quatro presos que estariam envolvidos na chacina do presídio de Altamira, no Pará, foram mortos nesta quarta-feira 31, dentro do caminhão-cela. Eles seriam transferidos para outras unidades prisionais de Belém, quando foram sufocados. Ao todo, o número de vítimas do ataque chega a 62. Essa é a maior chacina desde as 111 mortes registradas no massacre do Carandiru, em 1992. Em nota, o governo do Pará afirma que apura as circunstâncias das mortes. “Eram da mesma facção e viviam juntos nas mesmas celas. Foram comparsas no confronto entre facções”, diz o comunicado do governador Helder Barbalho (MDB).
O presidente Jair Bolsonaro também se manifestou. “Eu sonho com um presídio agrícola. É cláusula pétrea (da Constituição), mas eu gostaria que tivesse trabalho forçado no Brasil para esse tipo de gente, mas não pode forçar a barra. Ninguém quer maltratar presos nem quer que sejam mortos, mas é o habitat deles, né?”, disse Bolsonaro, ao fim de uma cerimônia em que assinou o contrato de concessão de trechos da ferrovia Norte-Sul em Anápolis (GO).