Quatro décadas de “Star Wars”
A crítica de cinema Isabela Boscov e o especialista em efeitos digitais Alceu Baptistão Jr. relembram como foi visitar pela primeira vez a galáxia distante
Quarenta e dois anos atrás, neste braço afastado de uma galáxia periférica, uma singularidade ocorreu: um filme de gênero então inclassificável — uma fantasia espacial em formato de saga épica —, feito mais com teimosia do que com sensatez, estreou em 32 cinemas americanos no dia 25 de maio daquele ano, 1977.
E, em uma espécie de Big Bang cultural, começou a se expandir. Não só em número de salas (em agosto, já eram cerca de 1 000 nos Estados Unidos), mas também, e principalmente, em impacto e em influência; onde antes não existia nada além de uma ideia, repentinamente havia todo um universo em formação. Então intitulado Guerra nas Estrelas, o filme chegou ao Brasil em janeiro de 1978, já superaquecido pela adoração de um público que encontrara nele algo definidor para a sua geração.
O que verdadeiramente seria esse “algo” ou essa partícula fundamental, porém, é difícil definir — e Star Wars: Episódio IX — A Ascensão Skywalker (Star Wars: Episode IX — The Rise of Skywalker, Estados Unidos, 2019), o longa-metragem que vem encerrar a saga, não torna a tarefa mais fácil. Em entrevista a VEJA, o diretor e fundador da Vetor Zero, Alceu Baptistão Jr., comenta a evolução dos efeitos técnicos ao longo de quarenta anos da franquia Star Wars.