A aventura olímpica de Pedro Barros
O skatista tem apenas 24 anos, mas vive há dez como um profissional da prancha em cima de rodinhas
Pedro Barros, o skatista catarinense de 24 anos, que se prepara para a disputa de uma vaga na competição dos Jogos de Tóquio-2020, falou a VEJA sobre as vantagens e as dificuldades da integração de sua modalidade ao programa olímpico.
Embora seja respeitado entre os puristas, aqueles que se veem mais como artistas do que como atletas (ele próprio se considera membro dessa turma), o catarinense sofreu críticas de seus pares. No dia em que esteve em São Paulo, acompanhado da reportagem de VEJA, anônimos que desciam e subiam rampas e corrimões da metrópole cobraram do ídolo sua recente participação em um comercial no qual ele aparecia de calça imaculadamente branca. Onde estavam as cores e sobretudo a originalidade skatista? Ainda assim, apesar dos disparos, ele vê benefícios em sua potencial participação olímpica. “O Comitê Olímpico selecionou o skate justamente para trazer de volta ao universo competitivo o componente da paixão”, diz. “Foi um jeito de atrair jovens, que pensam fora da caixa.”