‘MIB: Internacional’ não é coisa de gênio, mas não se sai mal
Acompanhe o 'Em Cartaz' dessa semana com a colunista de VEJA Isabela Boscov
A colunista de VEJA Isabela Boscov comenta a estreia da semana: ‘MIB: Internacional’. O roteiro, além de muito original, era uma delícia. O humor vinha na medida exata, e a concepção visual acertava no centro do alvo. E, claro, pôr o extrovertido Will Smith para fazer par com o carrancudo Tommy Lee Jones (aliás, um dos maiores atores da sua geração) foi um lance de gênio, desses que é muito difícil repetir. De forma que, se for na base da comparação, ‘MIB: Internacional’ já dá a largada perdendo do primeiro ‘Homens de Preto’, de 1997.
Nos próprios termos, porém, o filme não se sai mal como relançamento da série: a história é divertida, há ótimos personagens, Emma Thompson faz uma ponta matadora e Chris Hemsworth e Tessa Thompson confirmam a química excelente que já haviam demonstrado em ‘Thor: Ragnarok’. É coisa de gênio, como foram o primeiro e o terceiro Homens de Preto – aquele de 2012, com Josh Brolin arrasando no papel do jovem Agente K? Não, não é.
Mas é decente, é melhor que MIB II, e o novo diretor, o F. Gary Gray de ‘Straight Outta Compton’ e do último ‘Velozes e Furiosos‘, não traz desonra a Barry Sonnenfeld, o diretor da trilogia original. Ou seja, estamos no lucro, considerando-se que era inevitável – imagine se alguém ia deixar quieto um conceito como o de MIB.