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Venda de comunidades no Orkut vira estratégia de negócios

Por Rafael Sbarai
17 jul 2009, 17h55

A venda no início de julho da comunidade Eu odeio acordar cedo, mais numerosa do Orkut, chamou a atenção para um fenômeno crescente na mais popular rede social do Brasil: a comercialização e o uso desses agrupamentos de usuários como estratégia de negócios e divulgação publicitária.

“Comprei a ‘Eu odeio acordar cedo’ para dar mais destaque por meio de links a um site pessoal que adquire milhas aéreas“, explica José Santos, de 37 anos, que prefere não revelar a profissão. “Espaços populares dentro de uma grande rede social são um belo nicho de venda de publicidade.” Apesar do alto poder de exposição da comunidade, formada por 6 milhões de membros, o valor divulgado do negócio não assusta: entre 3.000 e 5.000 reais – ou o equivalente a 0,0008 real por usuário, no cálculo mais otimista.

A estratégia do estudante e técnico de segurança de trabalho Bruno Eid, de 20 anos, foi diferente. Ele pagou cerca de 1.000 reais para adquirir um pacote de 70 comunidades de pequeno porte (entre 5.000 e 60.000 membros), distribuindo em seguida ações em algumas das adquiridas. “Comecei a vender espaços para inserir links nas comunidades”, conta. “Em três meses, tive o retorno que esperava.”

Google – Os links pagos no interior das comunidades vieram a partir de contatos com agências de publicidade que atuam no mercado digital. Os endereços acrescentados nas páginas do Orkut apontam para campanhas e sites de clientes dessas agências.

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A Riot, empresa de estratégias em mídias sociais, confirma a prática. “Trabalhamos com os moderadores (criadores e administradores das comunidades) de espaços bem populares no Orkut, e temos preferência por espaços virtuais que geram muita interação”, explica Pedro Ivo Resende, diretor-executivo da agência. “Realizamos uma prática semelhante a um link patrocinado do Google.”

Consultado pela reportagem de VEJA.com, o Google, proprietário do Orkut, disse que não sabia que as práticas de venda de comunidades e do uso comercial delas ocorrem. Mas não se opõe a elas. “A empresa não interfere na produção de conteúdos em comunidades, desde que não ocorram situações consideradas ofensivas. Então, isso é lícito”, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa.

Riscos – Uma vez que a prática não é ilegal, sob a ótica do Google, resta saber se os usuários do Orkut a acham “legal”. Será que os membros de comunidades não se importam em ver um canal dedicado à expressão de opinião invadido pela publicidade? “Existe o risco de metade das seis milhões de pessoas da ‘Eu odeio acordar cedo’ deixar o local virtual”, avalia José Santos – o novo “proprietário” do espaço. “É um risco”, conclui.

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