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Varredura dos destroços do Titanic revelam detalhes inéditos do naufrágio

Réplica digital pode ajudar a lançar nova luz sobre o naufrágio de 1912 e preservar dados sobre a embarcação

Por Marília Monitchele Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 Maio 2023, 20h15 - Publicado em 18 Maio 2023, 15h35
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  • O naufrágio do Titanic é, sem dúvida, o mais famoso da história. Apesar de amplamente conhecido, sempre há novos detalhes a serem descobertos. Agora, uma varredura digital sem precedentes traz informações inéditas antes que os destroços se percam para sempre. 

    Por estar há mais de um século submerso, o navio já mostra sinais avançados de deterioração. Embora a falta de luz e a pressão intensa afastem a vida marinha dos arredores, os micro-organismos transformam diariamente as mais de 50 mil toneladas de ferro do Titanic em um pó fino, que é levado pelas correntes marítimas. 

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    ATLANTIC PRODUCTIONS/MAGELLAN/Reprodução (<span>ATLANTIC PRODUCTIONS/MAGELLAN/</span>/Reprodução)

    A varredura dos destroços, que estão a 4 quilômetros de profundidade, foi realizada em uma expedição de seis semanas que aconteceu durante o verão do Hemisfério Norte em 2022 e foi realizada pela Magellan Ltd, uma empresa de mapeamento de águas profundas, e pela Atlantic Productions, que está fazendo um documentário sobre o projeto.

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    Um navio especializado foi posicionado no Atlântico Norte, a 700 quilômetros de distância do Canadá. A expedição implantou dois equipamentos submarinos, batizados de Romeu e Julieta, que ficaram mais de 200 horas mapeando cada milímetro da estrutura da embarcação. A ronda resultou em mais de 7000 imagens, que captam todos os ângulos do Titanic e permitem a construção de uma réplica exata em 3D.  

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    ATLANTIC PRODUCTIONS/MAGELLAN/Reprodução (<span>ATLANTIC PRODUCTIONS/MAGELLAN</span>/Reprodução)

    Inicialmente, acreditava-se que o navio tinha afundado inteiro, mas com a descoberta dos restos submersos, em 1985, concluiu-se que ele se partiu em dois antes de chegar ao fundo do mar. As duas partes encontram-se separadas por aproximadamente 600 metros e são cercadas por detritos. 

    De 1985 para cá, os destroços do Titanic foram fotografados em muitas ocasiões, mas nunca foi possível mapeá-lo em detalhes. Além de trazer uma perspectiva inédita, a expedição também realizou uma cerimônia submarina. Foram colocadas flores no local, em memória das vítimas do desastre. Mais de 1.500 pessoas morreram quando o navio, que transportava 2.224 passageiros e tripulantes, afundou. A embarcação era considerada a maior já feita, e muitos acreditavam que era impossível de afundar.

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