Starlink avança com internet via satélite para celulares comuns
Tecnologia 'Direct to cell' permite abrir mão de torres terrestres ou equipamentos especiais
A Starlink, empresa do bilionário e futuro chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA Elon Musk, está expandindo seu sistema de internet via satélite para oferecer conectividade diretamente a celulares comuns, prometendo revolucionar o acesso à rede em áreas remotas e sem cobertura de provedores tradicionais. Essa tecnologia, chamada “Direct to Cell”, utiliza a extensa rede de satélites da empresa para transmitir dados diretamente para aparelhos LTE, que permitem abrir mão de torres terrestres ou equipamentos especiais.
A iniciativa representa um passo crucial na busca por conectar locais isolados de maneira eficiente e acessível, superando as limitações enfrentadas por projetos anteriores como o Iridium, na década de 1990. Isso não quer dizer que o projeto não enfrente desafios, com mais de 7.500 satélites em órbita, a empresa tem planos de chegar a 40.000, algo que resolveria o problema que quedas quando, eventualmente, não há um desses aparelhos sobre a sua cabeça.
O plano da Starlink é ousado: oferecer cobertura estável e rápida, com velocidades de 100 a 200 Mbps e latência de 20ms – um serviço que, rigorosamente, seria um intermediário entre o que é oferecido pelo 5G e o que costumava ser realidade na internet móvel de quarta geração.
No Brasil
A novidade promete um impacto significativo em regiões como a Amazônia e o sertão brasileiro, onde vastas áreas permanecem desconectadas. A inclusão digital em comunidades remotas pode viabilizar o acesso à telemedicina, ensino à distância e impulsionar as economias locais, além de democratizar o acesso à informação e comunicação.
Apesar dos desafios, como custos iniciais e regulamentação, a expansão da Starlink representa uma evolução em relação aos sistemas de comunicação via satélite do passado. A proposta ambiciosa da empresa não se limita a melhorar a conectividade, mas visa atender à crescente demanda global por comunicação universal, levando internet de alta qualidade a regiões onde nenhuma rede tradicional alcançou antes.