Os 130 anos da Nintendo: de empresa de cartas a gigante dos videogames
Empresa japonesa, criadora do icônico Super Mario, tem suas origens no século XIX e negócios diversos até chegar aos jogos eletrônicos
Em 1889 a indústria de entretenimento era muito diferente do que é hoje. O cinema estava no começo de sua história, o rádio levaria mais três décadas para surgir e a televisão era um sonho distante. No Japão, apostas em jogos eram uma das poucas formas de se divertir em grupo, ainda que para o governo local a prática fosse ilegal por ser associada com a criminalidade.
Tudo mudaria em 23 de setembro daquele ano com Fusajiro Yamauchi. Um homem de 30 anos que decidiu abrir na cidade de Quioto a Nintendo Koppai, uma loja que vendia baralhos, mas trazendo estampas coloridas feitas à mão e aprovadas pelo governo japonês. As “cartas de flores” rapidamente se popularizaram e garantiram ao menos sessenta anos de crescimento para a Nintendo.
O negócio manteve-se tradicionalmente voltado à produção e comercialização de cartas até 1963, quando Yamauchi demonstrou interesse em diversificar as áreas de atuação da empresa. A Nintendo Company, como passou a ser chamada, criou uma marca de arroz instantâneo, investiu em uma companhia de táxi chamada Daiya e até inaugurou uma franquia de motéis.
Mas foi sua divisão de brinquedos infantis que a levou para o caminho dos chips eletrônicos. No ano de 1972, a Nintendo passou ser a montadora e distribuidora de outras empresas. No meio tempo, desenvolveu seus próprios modelos de consoles, o Game & Watch e Color TV-Game, que, apesar de serem inovadores, não conseguiam competir tão bem no mercado.
O que mudou a história da Nintendo, porém, veio apenas em 1981: o jogo Donkey Kong. O gorila, que naquele tempo era pouco amigável e sequestrava princesas, projetou a empresa para o mundo e lhe deu o personagem que se tornaria mascote e símbolo da companhia: o Super Mario. O resto, como se sabe, é história.