New York Times compra Wordle de programador britânico
Jornal americano não revelou valores, mas disse que a cifra está em torno de 'sete dígitos'
Não demorou muito para que o Wordle tivesse seu destino selado por uma grande empresa. O joguinho virtual de adivinhação de palavras criado por Josh Wardle, um programador britânico que mora em Nova York, foi comprado pelo jornal The New York Times. A empresa não revelou valores, mas disse que a cifra está em torno de “sete dígitos”. Segundo comunicado, o passatempo continuará sendo oferecido a todos os usuários de forma gratuita.
A ascensão do Wordle foi impressionante, passando de um singelo presente de namorados a uma febre mundial. Depois de ter sido testado por Wardle e sua namorada, de ter passado pelo grupo de mensagens da família e de ter sido lançado em um site sem anúncios, no dia 1º de novembro contava com 90 jogadores. Na virada do ano, eram 300 mil usuários. E, segundo o NYT, hoje em dia são milhões de jogadores envolvidos diariamente com o entretenimento.
Em um comunicado, o NYT disse que continua focado em tornar a assinatura do jornal essencial para todas as pessoas nativas ou falantes de língua inglesa: “Os jogos do New York Times são uma parte fundamental dessa estratégia”.
Para jogar, é bem fácil. O objetivo do Wordle é adivinhar uma palavra de cinco letras em até seis tentativas. A cada uma delas, o programa mostra, por meio de um sistema de cores, quais letras fazem parte do vocábulo e estão na posição certa, quais fazem parte, mas na posição errada, e quais devem ser descartadas. A cada 24 horas, um novo enigma é proposto.
Não é necessário cadastro, não há publicidade envolvida e nem um sistema de notificações para atormentar. Um verdadeiro sonho em um ambiente viciado em recursos para atrair os usuários de volta aos sites e aplicativos. Recentemente, o Twitter suspendeu um perfil acionado por robôs que publicava a solução do dia seguinte.
No começo, os brasileiros tiveram que se contentar com o Wordle em inglês mesmo. Mas na primeira semana de janeiro, o paulistano Fernando Serboncini, gerente de engenharia do Google que mora no Canadá há cinco anos, lançou o Termo. A diversão em português também fez sucesso.