Microsoft incorpora ferramenta inteligente de criações de imagens ao Bing
Avanço foi viabilizado pela parceria com a OpenAI, criadora do ChatGPT, e ameaça a hegemonia do Google como ferramenta de busca
A Microsoft anunciou na última terça-feira (21) que o Bing agora é capaz de criar imagens a partir de pedidos dos usuários. A novidade chega pouco mais de um mês após a incorporação de uma ferramenta de inteligência artificial dentro do motor de pesquisas concorrente do Google.
“Historicamente, as buscas eram limitadas a imagens que já existem na web. Agora, quase não há limites para o que você pode procurar e criar” escreveu Yusuf Mehdi, vice-presidente corporativo e chefe do escritório de marketing do consumo da Microsoft, ao anunciar a novidade no blog da empresa.
A nova ferramenta do Bing foi desenvolvida com base numa versão avançada do DALL∙E, gerador de artes e imagens realísticas da OpenAI, companhia que criou o ChatGPT. A parceria entre as duas empresas foi estabelecida em Janeiro, quando a bigtech de Redmond anunciou um investimento milionário na organização que está na vanguarda do desenvolvimento de chatbots inteligentes.
O lançamento da IA da Microsoft, ainda em fevereiro, gerou debates: ao ser testado por usuários especializados, o robô inteligente tentou convencer um repórter a se divorciar da esposa e reagiu a um xingamento de outro jornalista o comparando a Hitler.
Após esses percalços e em meio a discussões éticas a respeito do potencial das tecnologias de deepfake, a ferramenta de imagem parece ter sido criada com ainda mais cuidado. No blog, a empresa garante que o gerador tem camadas adicionais de segurança que limitam a fabricação de imagens perigosas ou prejudiciais.
Ao receber o comando para gerar uma capa para o jornal ou uma ilustração de Lula e Bolsonaro se cumprimentando, por exemplo, o buscador devolve uma mensagem de segurança dizendo que o pedido viola as políticas internas e ameaça suspender o acesso.
Os avanços do Bing prometem mudanças na maneira como as buscas são feitas na web e ameaçam a hegemonia do Google como ferramenta de pesquisa, parte substancial da fonte bilionária de lucros da empresa.