Em uma edição do programa americano 60 Minutes, que foi ao ar em dezembro de 2013, o presidente da Amazon, Jeff Bezos, prometeu que até 2018 a empresa realizaria entregas por drones. A data passou e adoção da tecnologia não ocorreu como esperado.
Contudo, ainda que a gigante do varejo não tenha conseguido, outras empresas continuam tentando. No dia 23 de fevereiro, durante o carnaval de São Paulo, o aplicativo de entrega de comida iFood realizou seu primeiro teste de entrega usando drones. A encomenda foi um sanduíche wrap, levado até a um dos músicos que estava no trio elétrico que acompanhou o bloco Beleza Rara.
Para realizar o feito que, entre decolagem e entrega, durou cerca de 3 minutos, a empresa teve de se preparar por quase 3 meses. As primeiras experimentações foram realizadas em um galpão fechado, só então partiu para um ambiente aberto onde pode-se analisar os efeitos do vento sobre o drone e a caixa térmica que guardou a comida.
Mas esse não foi o maior obstáculo. No Brasil, um drone só pode voar com as devidas autorizações, uma delas é da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) que registra a aeronave, outra da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) que autoriza o voo. Isto deixa incerto o tempo que levará entre a aprovação de um alvará e outro. “Quando se trata de testes com drones, o que leva mais tempo são as legislações, talvez até mais que a aplicação da tecnologia”, afirma gerente de inocação e logística do iFood, Fernando Martins.
A empresa tem na lista de formas para entregar comida outra opções, entre elas patinetes elétricos, bicicletas e até mesmo a pé. Se aeronaves autonomas se tornarem a mais popular delas, logo o sinal de que a pizza chegou pode se tornar um zumbido de drone na janela.