Atualmente, é difícil imaginar uma vida desconectada, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. Essa necessidade é tamanha que, segundo um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), existem 2,2 dispositivos digitais – computadores, notebooks, tablets e smartphones – para cada habitante no Brasil. Os celulares inteligentes sozinhos somam 249 milhões, um número 20% maior do que o total da população.
O levantamento feito pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV leva em consideração dispositivos tanto domésticos quanto corporativos. Os computadores (desktops, notebooks e tablet) somaram 215 milhões, um para cada habitante, e estima-se que o número de vendas, que caiu em 2022, cresça até 10% este ano.
Os dados estão em linha com o que mostrou a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que aponta que 90% dos domicílios brasileiros já têm conexão à internet. Não é possível ignorar, contudo, que apesar dos 464 milhões de dispositivos digitais, 7,3 milhões de casas ainda estão desconectadas.
O estudo ainda revelou que, no âmbito corporativo, os gastos e investimentos em tecnologia de informação representam, em média, de 9% da receita, um valor que cresceu 6% ao ano nas últimas três décadas e meia.
Entre as empresas que mais investem em TI, os bancos são os que mais se destacam, com um gasto de 138 mil reais por usuário. O crescimento nesse segmento foi de 11% ao ano, nos últimos dois anos. O alto investimento pode ser justificado pelo volume de transações por meios virtuais, que tendem a 90% do total.