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Vida saudável: a dieta vegana ganhará força em 2020, afirma especialista

O consumo de bebidas sem álcool e o de açúcares de frutas também crescerá, avalia nutricionista

Por Da redação
Atualizado em 16 dez 2019, 16h41 - Publicado em 16 dez 2019, 16h31

O vegetarianismo e o veganismo foram as principais tendências de dieta de 2019 e isso deverá  continuar no próximo ano globalmente. Pelo menos de acordo com a nutricionista australiana Kristen Bec. À pedido do Daily Mail, ela fez previsões sobre quais serão as tendências no próximo ano.

“Sem dúvida, o foco de 2020 será o nosso fascínio contínuo por alimentos à base de plantas (particularmente proteínas à base de plantas) e uma captação e popularidade contínuas de dietas à base de plantas”, disse Kristen à FEMAIL, página do tabloide britânico dedicada ao universo feminino.

Veja abaixo as apostas da nutricionista:

Alimentos integrais à base de plantas

Há mais pessoas do que nunca optando por alimentos vegetais. Inclusive a indústria vem se adaptando a essa nova demanda. No último ano, foram lançados inúmeros alimentos à base de plantas, como hambúrgueres, lasanhas, salsichas, queijos e snacks.

“À medida que os alimentos e as dietas à base de plantas continuam a crescer em popularidade, mais e mais alimentos processados ​​e embalados à base de plantas e veganos chegarão às prateleiras dos supermercados.”, afirma Kristen.

Entretanto, vale ressaltar que no que diz respeito a alimentos industrializado, o simples fato de ser “à base de vegetais” não torna esse alimento saudável. “Muitos novos salgadinhos, alternativas à carne, leites não lácteos e alimentos processados ​​contêm níveis significativos de óleos vegetais altamente processados.”, alerta a nutricionista.

Para evitar pegadinhas, ela recomenda optar por opções que usem apenas ingredientes vegetais integrais, que não incluem aditivos artificiais, como conservantes, nem adoçantes ou açúcar refinado. Ainda segundo a nutricionista, as melhores dietas à base de plantas são compostas principalmente por vegetais, frutas, feijões, legumes, nozes e sementes e quantidade moderada de cereais integrais.

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Proteínas vegetais

A busca por substituições inovadoras de grãos à base de vegetais e o aumento do interesse por proteínas vegetais aumentarão a disponibilidade e o consumo de farinhas alternativas à farinha de trigo, feitas de frutas e legumes.

“Pães e produtos integrais feitos de farinhas moídas continuarão a aumentar em popularidade, à medida que continuarmos a desenvolver nossa compreensão de como não apenas o grão, mas como ele é processado, afeta nossa saúde (principalmente a saúde intestinal)”, explica Kristen.

Em lojas de grãos já é possível encontrar uma infinidade desses produtos, como farinha de arroz, de maracujá, de amendoim, de aveia, de coco, de banana, etc. A tendência é que esses produtos, aos poucos, cheguem às prateleiras dos supermercados.

“Opte por farinha de banana e farinha de coco para assar, além de inovações em alimentos embalados, como massas, salgadinhos e snacks à base de legumes”, disse ela.

Bebidas sem álcool

Há um aumento de consumidores que buscam alternativas ‘não alcoólicas’ que vão além de água, sucos, chás e refrigerantes. A tendência é impulsionada principalmente pelos mais jovens, que prezam por um estilo de vida saudável. Cada vez mais, os bartenders investem tempo e criatividade no desenvolvimento de drinques sem álcool. Essa tendência oferece uma alternativa para pessoas em eventos ou festas que procuram uma alternativa sem álcool a qualquer bebida no bar.

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Crescente, o movimento dos drinques sem álcool já provoca mudanças importantes no setor de negócios etílicos. Marcas tradicionais como Heineken e Guinness lançaram recentemente no exterior versões de cerveja sem álcool. A AB InBev, dona da Budweiser e da Brahma, entre outras, assumiu o compromisso de fabricar 20% de seus rótulos com pouco ou nenhum álcool até 2025. Um dos movimentos mais emblemáticos foi protagonizado pela Diageo, a segunda maior empresa de destilados do mundo. Em 2016, a dona do uísque Johnnie Walker comprou a Seedlip, companhia britânica especializada em coquetéis sem álcool.

Pasta de nozes, amêndoas, amendoins e castanhas

As pastas à base de vegetais, como pasta de amendoim, amêndoas e castanhas viraram as queridinhas do mercado fitness. A tendência é que esse mercado continue crescendo e que também aumente a oferta desses produtos, com o surgimento de versões diferentonas, como pasta de semente de melancia e de abóbora, com foco em veganos e em quem segue a dieta cetogênica.

Nessa dieta, os carboidratos são descartados para dar espaço a gorduras e proteínas de alta qualidade. Após vários dias nessa alimentação, o corpo passa por um período de letargia para chegar à cetose. Nesse estado metabólico altamente eficiente, a gordura armazenada é usada como combustível para o corpo.

Misturas de carne e plantas

Muitas marcas que oferecem produtos com carne animal estão desenvolvendo opções com adição de ingredientes orgânicos e saudáveis ​​para satisfazer os consumidores preocupados com a saúde.

Açúcares de frutas e de batata-doce

Itens como melaço de romã e néctar de batata-doce podem ser uma nova maneira saudável para as pessoas adoçarem seus alimentos, ao invés de açúcares simples padrão.

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Grãos ancestrais

A adição de quinoa aos alimentos é excelente para a saúde. Agora os adeptos dessa prática estão procurando mais variedade. “À medida que procuramos aumentar nossa variedade alimentar, grãos antigos como farro, espelta, milho, bulgur e teff podem ser um ótimo complemento para nossas dietas, pois são densos em nutrientes, ricos em fibras e ligados a benefícios à saúde, incluindo a redução do colesterol e a redução do risco de acidente vascular cerebral, doença cardíaca e diabetes tipo 2 ‘, disse Beck.

Segundo a nutricionista, o pão caseiro com vários grãos é uma ótima opção. Talvez você não conheça muitos desses grãos, mas eles já caíram nas graças de consumidores que procuram uma alimentação mais natural e saudável. Descubra a seguir um pouco mais sobre eles.

Farro: é um grão de coloração marrom claro, do grupo dos trigos, originário do antigo Egito. Ele é bastante consumido na América do Norte, na Ásia e na Europa como substituto da farinha tradicional na produção de massas, bolos e biscoitos. É rico em proteínas, carboidratos complexos, especialmente fibras e vitaminas e minerais, como vitaminas do complexo B, vitamina A, zinco, magnésio, ferro e selênio. Também possui carotenoides e compostos fenólicos. Assim como outros grãos, o farro contém glúten, porém em quantidades bem menores quando em comparação aos grãos tradicionais.

Espelta: é um grão da mesma família do trigo. Tem sabor levemente adocicado e podem ser consumidos de diversas maneiras (os próprios grãos, os brotos ou a farinha de espelta). A farinha de espelta vem ganhando espaço entre os brasileiros por seu maior valor nutricional em comparação com o trigo convencional, além de diversas propriedades benéficas para o sistema imunológico.

Burgul ou triguilho: é um grão antigo do Oriente Médio feito de grãos de trigo integral que foram parboilizados, secos e triturados. O sabor é semelhante ao de nozes. Além disso, é rico em fibras, proteínas e nutrientes. Por ser um trigo, contém glúten.

Teff: grão originário da África que ganhou destaque por suas características nutricionais. É rico em proteína, fibras, minerais e polifenois, com ação antioxidante. Além disso, ao contrário dos anteriores, não possui glúten, sendo uma boa opção para quem é alérgico ou intolerante.

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