Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Terceiro estado com maior número de casos, Rio desacelera taxa de contágio

Segunda semana de junho registrou redução de 36,2% dos índices em comparação à anterior; Rio contabilizou 2.360 novos casos e 59 óbitos nas últimas 24 horas

Por Jana Sampaio Atualizado em 14 jul 2020, 11h06 - Publicado em 13 jul 2020, 18h49

Terceiro estado com o maior número de infectados pelo novo coronavírus no país, atrás de São Paulo e Ceará, o Rio de Janeiro conseguiu a proeza de reduzir os óbitos e novos casos em meio à flexibilização do isolamento social. O mês de junho registrou o pico da doença no Rio: no dia 19 foram contabilizados 6.060 novos casos e no dia 3 o número de mortos foi a 324. Na segunda semana de junho, no entanto, houve redução de 36,2% dos índices em comparação à semana anterior. O mesmo ocorreu na última semana do mês, que registrou 33% de queda em relação à terceira semana de junho. Nesta segunda, 13, o boletim da secretaria estadual de Saúde reportou 2.360 novos casos e 59 óbitos nas últimas 24 horas. No domingo, 12, o estado enfrentou uma falha no sistema do SUS, o que produziu dados defasados ​​- foram computados apenas nove novos casos e nove mortes. 

Segundo os especialistas, o fenômeno tem relação com a experiência dos médicos no tratamento da Covid-19, o crescente índice de imunização entre a população fluminense e o uso de máscaras em larga escala. “A situação está mais estável, o que pode dar uma falsa sensação de segurança. Saberemos se o afrouxamento das medidas causará novo aumento de casos em até quatro semanas após seu início, ou seja, a partir de agosto. É preciso ter em mente que o vírus continua circulando”, explica o médico infectologista André Siqueira, do Instituto Nacional de Infectologia .

A preocupação de Siqueira e de outras autoridades em saúde pública é que ocorra a repetição de cenas como as observadas no último dia 2, quando os estabelecimentos da cidade foram reabertos e receberam centenas de clientes. Na ocasião, as medidas que figuram na cartilha “novo normal” foram ignoradas e apenas os garçons usaram o equipamento de proteção individual. A situação, que gerou críticas nas redes sociais por promover pontos de aglomeração, é recorrente. 

ASSINE VEJA

Vacina contra a Covid-19: falta pouco
Vacina contra a Covid-19: falta pouco Leia nesta edição: os voluntários brasileiros na linha de frente da corrida pelo imunizante e o discurso negacionista de Bolsonaro após a contaminação ()
Clique e Assine

Para o pneumologista Elie Fiss, pesquisador do Hospital Alemão Oswaldo Cruz , houve uma evolução na forma de atendimento e tratamento de pacientes com teste positivo para Covid-19. “Assim que a pandemia desembarcou no país a orientação era entubar o paciente assim que seu quadro de saúde se agravasse mas, com o passar do tempo, identificamos formas menos invasivas de estabilizar o doente. Tudo isso contribuiu para a reduzir o risco de óbito”, afirma. A falta de informação também colaborava para a desproteção das pessoas, que não sabiam a importância do distanciamento social e das medidas de higienização que diminuem a chance de contágio.

Continua após a publicidade

Outro protocolo revisitado nesse intervalo de tempo foi o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina. “Ao contrário de hoje, que sabemos os contras dessa medicação, no início da pandemia a ideia era de que a cloroquina traria vantagens ao tratamento. Muitos médicos, inclusive eu e minha equipe, deixamos de adotá-la”, conclui Fiss.

Ao todo, 132.044 casos foram confirmados e 11.474 pessoas morreram no estado desde o início da pandemia. Ainda há 1.082 óbitos em investigação. Entre os confirmados, 111.189 pacientes se recuperaram da doença.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.