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Solteiros são mais vulneráveis ao Alzheimer, diz estudo

O risco chega a ser 42% maior em relação aos casados. Uma das possíveis razões é falta de interação social

Por Da Redação
Atualizado em 30 nov 2017, 19h22 - Publicado em 30 nov 2017, 19h20

Segundo um novo estudo publicado no periódico científico Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry, pessoas solteiras têm mais risco de desenvolver Alzheimer —  42% maior em comparação aos casados.

A pesquisa

Pesquisadores da Universidade College London, no Reino Unido, analisaram 15 estudos com dados sobre casos de Alzheimer e estado civil de mais de 800.000 pessoas na Europa, América do Norte, América do Sul e Ásia. Na análise, os solteiros mostraram-se 42% mais propensos ao Alzheimer em comparação aos casados.

Os viúvos tiveram um risco 20% maior comparados aos casais.

Interações sociais

Diferentes níveis de interação social no cotidiano podem explicar essa nova descoberta, levando em conta que os viúvos e os solteiros são os mais vulneráveis. Além disso, estudos anteriores já sugeriram a tendência de um estilo de vida mais saudável entre os casais, que também procuraram se engajar em atividades sociais juntos.

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Enquanto isso, o risco do Alzheimer observado entre os viúvos, em comparação aos casados, pode ser devido ao estresse, o luto e a solidão que sucedem a perda de um parceiro. Outra explicação para essas tendências para solteiros e viúvos pode estar associada a aspectos cognitivos, comportamentais, socioeconômicos e genéticos.

Mas esse não é o primeiro estudo sugerindo a importância das interações sociais para a saúde. No mês passado, uma pesquisa publicada no Journals of Gerontology mostrou que ter amigos próximos pode ajudar a prevenir doenças mentais. Além disso, segundo o estudo, a qualidade das amizades é mais importante do que a quantidade de amigos que se tem.

“Uma coisa que acontece quando se está desenvolvendo Alzheimer é o acúmulo de dano estrutural no cérebro”, disse Andrew Sommerlad, psiquiatra da instituição e um dos pesquisadores do estudo, ao The Independent. “Nós acreditamos que isso pode esse risco de dano pode ser reduzido ao seguir dietas saudáveis, praticar exercícios e tratar doenças crônicas, como o diabetes.”

“É possível desenvolver a capacidade mental, chamada de reserva cognitiva, oferecendo uma maior resistência aos danos cerebrais, que surgem com a idade. Você pode fazer isso engajando-se nos estudos e mantendo uma vida social ativa.”

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Casamento

“Há pesquisas convincentes que mostram que as pessoas casadas geralmente vivem mais tempo e desfrutam de uma melhor saúde, com muitos fatores diferentes que provavelmente contribuem para esse resultado. Casais tendem a se ajudar, incentivar hábitos saudáveis e cuidando da saúde de seus parceiros, além de oferecer apoio social”, disse ao The Guardian Laura Phipps, da Alzheimer’s Research UK, instituição britânica com foco em pesquisas sobre a doença, sem envolvimento no recente estudo.

“No entanto, permanecer física, mental e socialmente ativo são aspectos importantes de um estilo de vida saudável e são coisas que todos, independentemente do estado civil, podem trabalhar.”

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