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Restrição à droga para prevenir aids continua no Brasil

Por Lígia Formenti Brasília – A recomendação feita por comissão do FDA nos Estados Unidos para liberação de uma droga para prevenir a infecção pelo HIV não vai modificar, no momento, a estratégia brasileira para o combate à doença. “Embora alguns estudos mostrem que o remédio exerce um papel protetor, não está claro, ainda, como […]

Por Da Redação
11 Maio 2012, 20h00
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  • Por Lígia Formenti

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    Brasília – A recomendação feita por comissão do FDA nos Estados Unidos para liberação de uma droga para prevenir a infecção pelo HIV não vai modificar, no momento, a estratégia brasileira para o combate à doença. “Embora alguns estudos mostrem que o remédio exerce um papel protetor, não está claro, ainda, como isso poderia ser aplicado numa ação de saúde pública”, afirmou o assessor do Departamento de DST Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Ronaldo Hallal.

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    O grupo norte-americano indicou a liberação do remédio Truvada para parceiros de portadores do HIV, o que permitiria relações sexuais desprotegidas. A decisão foi tomada com base em testes demonstrando que pessoas que tomam a droga tem risco menor de contaminação pelo HIV. Essa recomendação deverá ser nos próximos meses avaliada pelo FDA.

    O remédio, uma combinação de tenofovir e entricitabina, não está registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Brasil, a droga equivalente registrada é uma combinação entre lenofovir e lavivudina. Hallal conta que o uso de antirretrovirais para prevenção do contágio pelo HIV já vem sendo discutido pela equipe de especialistas que prepara o consenso brasileiro terapêutico da doença. O tema foi debatido recentemente e, para especialistas, ainda não há uma indicação definida para o uso do remédio como estratégia de saúde pública. “Não se imagina, por exemplo, que ele seja usado de forma permanente. Suspendendo o uso do remédio, o risco novamente retornaria”, conta Hallal. Além disso, não há avaliação sobre o impacto do uso de antirretrovirais a longo prazo em populações adultas sem o HIV. “Há um farto material científico sobre os efeitos dos remédios em pacientes com aids. Mas não com população sem o vírus”.

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    No Brasil, a indicação do uso de antirretrovirais vem se ampliando nos últimos anos. Em 2010, o consenso recomendou que, além de portadores do vírus, o remédio fosse indicado para pessoas que tivessem mantido relações sexuais desprotegidas com parceiros cuja condição sorológica fosse desconhecida. Essa indicação, no entanto, tem de ser feita sob determinadas condições: como o momento do início do tratamento. Além disso, para pacientes com HIV, o início do uso do remédio vem também sendo antecipado.

    Lígia Formenti

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