Reino Unido aprova vacina da Pfizer e promete aplicação na próxima semana
As autoridades britânicas ainda devem decidir quais grupos terão prioridade; segundo a farmacêutica, imunizante tem 95% de eficácia contra a Covid-19
O Reino Unido anunciou nesta quarta-feira, 2, que aprovou a vacina contra Covid-19 produzida pela americana Pfizer e a alemã BioNTech. O ministro da saúde britânico, Matt Hancock, prometeu começar a aplicação do imunizante na próxima semana. O governo britânico ainda irá decidir quais grupos terão prioridade no acesso ao imunizante, incluindo idosos e profissionais de saúde.
“O governo aceitou hoje a recomendação da agência reguladora independente sobre medicamentos e produtos de saúde para aprovar a vacina contra a Covid-19 da Pfizer-BioNTech”, disseram as autoridades do país. Para Hancock, a notícia é “fantástica”. “No início da próxima semana, começaremos um programa de vacinação de pessoas contra Covid-19 aqui neste país”, disse ele à Sky News.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, comemorou a “fantástica” notícia. “É a proteção das vacinas que finalmente nos devolverá nossas vidas e fará a economia se mover de novo”, escreveu no Twitter, no mesmo dia em que a Inglaterra sai de um segundo confinamento de quatro semanas.
Já o presidente da Pfizer, Albert Bourla, comemorou o anúncio. “Antecipando novas autorizações e aprovações, nosso foco é avançar com o mesmo nível de urgência para fornecer de forma segura uma vacina de alta qualidade ao redor do mundo”. Disse ainda que o fato “marca um momento histórico na luta contra a Covid-19”.
No início de novembro, as duas farmacêuticas revelaram que o fármaco tem eficácia de 95% na prevenção à doença e não causa efeitos colaterais graves. Os dados ainda não foram publicados em uma revista científica. O Brasil é um dos países que participam dos testes clínicos de fase 3, mas o Ministério da Saúde já indicou que não deve utilizar o antígeno no SUS.
Na terça-feira, a Pfizer e a Moderna, que também produz um imunizante com alta eficiência, pediram às autoridades europeias autorização para uso emergencial dos medicamentos. O mesmo processo já foi feito nos Estados Unidos.