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Queiroga diz que Brasil vai receber antiviral para monkeypox

Segundo ministro da Saúde, medicamento será fornecido pela Opas e pacientes mais graves vão receber o tratamento

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 ago 2022, 14h57 - Publicado em 1 ago 2022, 14h34

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta segunda-feira, 1º, que o Brasil vai receber o antiviral tecovirimat, utilizado para o tratamento de casos de monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). A data de chegada do medicamento e a quantidade não foram informadas até o momento. Na semana passada, a pasta anunciou que as primeiras doses da vacina contra a doença podem chegar ao país em setembro.

Em sua conta no Twitter, Queiroga afirmou que “serão contemplados casos mais graves em um primeiro momento”, mas não citou quantos pacientes podem ser beneficiados pela remessa.

Nos Estados Unidos, o medicamento tem aprovação da agência reguladora Food and Drug Administration (FDA) para uso em casos de varíola humana, doença erradicada em 1980, mas recebeu recomendação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) para utilização expandida em pacientes com monkeypox. A indicação é para episódios graves, imunossuprimidos, gestantes, lactantes e crianças. A eficácia para varíola dos macacos ainda é estudada, mas há dados que sugerem que o medicamento pode encurtar a disseminação viral e a duração da doença.

Nesta sexta-feira, 29, o Ministério da Saúde confirmou a primeira morte pela doença no Brasil. O paciente, de 41 anos, era do sexo masculino e imunossuprimido. Ele era diagnosticado com linfoma e morreu em Belo Horizonte (BH).

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No mesmo dia, a pasta ativou o Centro de Operação de Emergências (COE) para elaborar o Plano de Contingência do surto. Com a ativação do COE, o ministério vai elaborar estratégias para combater a doença com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) e do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz.

Na semana passada, a capital paulista confirmou que três crianças foram diagnosticadas com a doença. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, elas estão em monitoramento e “sem sinais de agravamento”. A pasta informou que instituiu protocolos para as redes pública e privada para o atendimento dos casos suspeitos desde os primeiros alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a doença.

A varíola dos macacos foi considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC, na sigla em inglês) pela OMS e contabiliza mais de 21 mil casos no mundo.

Monkeypox

Descoberta em 1958, a monkeypox (varíola dos macacos) recebeu esse nome por ter sido observada pela primeira vez em primatas utilizados em pesquisa. Ela circula principalmente entre roedores, e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados por eles.

Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. Antes do surto, a doença era considerada endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.

Análises preliminares sobre os primeiros casos do surto na Europa e na América do Norte demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. No entanto, a OMS já alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.

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