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Primeiro lote de vacina contra monkeypox pode chegar ao Brasil em setembro

Expectativa é de que segunda remessa seja encaminhada em novembro; nesta sexta-feira, foi confirmada a primeira morte pela varíola dos macacos no Brasil

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jul 2022, 17h42 - Publicado em 29 jul 2022, 16h55

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira, 29, que o primeiro lote do montante de 50 mil doses de vacina para a monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos, encomendadas junto à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e à Organização Mundial da Saúde (OMS), deve chegar ao país em setembro. A estimativa é de que pouco mais de 20 mil doses serão entregues nesta primeira remessa e o restante chegará em novembro.

“A nossa expectativa é de que tenha parte do quantitativo em setembro. Acredito que são 21 mil em setembro e 29 mil na segunda parcela, em novembro”, afirmou Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Na campanha de imunização, devem ser priorizados os profissionais de saúde e contactantes de pacientes infectados. Não deve ser realizada uma ação de vacinação em massa.

O ministério planeja uma campanha de conscientização sobre a doença que será veiculada na televisão, no rádio e nas redes sociais, mas a previsão de lançamento é para o fim de agosto. Segundo Medeiros, o objetivos é evitar a estigmatização da população mais afetada atualmente, de homens que fazem sexo com homens, estimada em 98% dos infectados. “Estamos entrando em contato com a sociedade civil para saber como podemos comunicar melhor este grupo”, completou.

De acordo com o ministério, há 1.066 casos confirmados da doença e 513 suspeitos. No presente surto, a maioria dos registros ocorreu na população de 25 a 44 anos, com predominância na faixa de 30 a 34 anos. Os casos estão concentrados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Entre os principais sintomas dos pacientes brasileiros, estão: erupção cutânea, febre, gânglios, dor muscular e dor de cabeça.

Nesta sexta-feira, 29, o Ministério da Saúde confirmou a primeira morte pela doença no Brasil. O paciente, de 41 anos, era do sexo masculino e imunossuprimido. Ele era diagnosticado com linfoma e morreu em Belo Horizonte (BH).

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Também nesta sexta, a pasta ativou o Centro de Operação de Emergências (COE) para elaborar o Plano de Contingência do surto. Com a ativação do COE, o ministério vai elaborar estratégias para combater a doença com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) e do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz.

Três crianças foram diagnosticadas com monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos, na capital paulista. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, elas estão em monitoramento e “sem sinais de agravamento”. A pasta informou que instituiu protocolos para as redes pública e privada para o atendimento dos casos suspeitos desde os primeiros alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a doença.

A varíola dos macacos foi considerada uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC, na sigla em inglês) pela OMS e contabiliza 21.067 casos no mundo.

Monkeypox

Descoberta em 1958, a monkeypox (varíola dos macacos) recebeu esse nome por ter sido observada pela primeira vez em primatas utilizados em pesquisa. Ela circula principalmente entre roedores, e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados por eles.

Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. Antes do surto, a doença era considerada endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.

Análises preliminares sobre os primeiros casos do surto na Europa e na América do Norte demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. No entanto, a OMS já alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.

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