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Primeira morte ligada ao cigarro eletrônico é registrada nos EUA

Ao todo, 193 pessoas apresentaram sintomas de doença respiratória grave, como falta de ar e dor no peito, depois de usar o dispositivo

Por Natalia Cuminale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 ago 2019, 20h36

Um homem, cuja identidade não foi revelada, morreu após desenvolver uma grave doença respiratória associada ao uso de cigarro eletrônico. Esse foi o primeiro caso do tipo registrado nos Estados Unidos. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, o CDC, 193 pessoas apresentaram sinais de uma doença pulmonar depois do uso do dispositivo. As autoridades de saúde ainda investigam o que levou ao surgimento da doença.

Os pacientes relataram um início gradual dos sintomas respiratórios, como falta de ar e dor no peito. Além disso, alguns doentes também apresentaram vômitos, diarreia e fadiga. Muitos dos usuários contaram aos médicos que usaram os vapers para consumir produtos contendo tetra-hidrocanabinol (THC), o principal composto ativo da maconha.

Até agora, nenhum produto específico foi identificado em todos os casos. “Embora os casos pareçam semelhantes, não está claro se esses casos têm uma causa comum ou se são doenças diferentes com apresentações semelhantes”, afirmou o CDC, em nota.

Os cigarros eletrônicos, também conhecidos como “vapers”, surgiram na última década como uma tentativa de substituir os cigarros convencionais. Os defensores dos aparelhos afirmam que o produto é menos nocivo que os bastões de tabaco, já que produzem vapor de água em vez de fumaça. A venda de dispositivos desse tipo foi proibida no Brasil em 2009. O uso pessoal não é vetado, de modo que o consumidor pode trazê-lo do exterior e consumi-lo aqui.

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A fumaça dos eletrônicos pode não ter todas as substâncias tóxicas produzidas na combustão do cigarro comum, como o alcatrão, o composto que causa câncer. Mas os dispositivos eletrônicos que estão saindo das linhas de montagem são mais viciantes — cada cartucho possui concentração de 5% de nicotina, o triplo da quantidade de nicotina encontrada em outros cigarros eletrônicos e equivalente à contida em um maço com vinte cigarros convencionais.

Ainda é cedo para enumerar todos os riscos do cigarro eletrônico. Os efeitos a longo prazo de outros produtos químicos e pequenos metais nos líquidos vaporizados são incertas. Não só porque as formulações não são completamente conhecidas, mas também porque os cigarros eletrônicos são relativamente novos para a ciência. “Vários efeitos negativos dos cigarros eletrônicos já foram comprovados. Sabemos, por exemplo, que eles têm efeito inflamatório e prejudicam o coração e os pulmões. Quanto mais as pessoas usam, mais esses efeitos vão aparecer”, disse cardiologista Jaqueline Scholz Issa, do Instituto do Coração de São Paulo.

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