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Potência ou força? A estratégia na musculação que mais beneficia idosos

Estudo brasileiro mostrou impacto da velocidade do movimento para o risco de mortalidade em população a partir da meia-idade

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 Maio 2025, 20h02 - Publicado em 28 Maio 2025, 19h25

Quando você faz musculação, sua preocupação é com a velocidade do movimento ou com o aumentar a carga? Caso sua resposta seja a segunda opção, vale a pena passar a observar e, quem sabe, intensificar o seu ritmo. A recomendação vem de um estudo brasileiro que utilizou dados de potência (força x velocidade) e força para avaliar o risco de mortalidade em uma população de meia-idade e idosa, constatando a importância da rápida execução para a longevidade.

O foco deste estudo, publicado no periódico Mayo Clinic Proceedings, foi avaliar a importância da potência em 3.889 pessoas com idades entre 46 e 75 anos separadas por sexo e acompanhados por uma média de 10 anos. O grupo encontrou dados que apontam que menos velocidade para executar movimentos é um forte preditor para mortalidade.

“Quando uma pessoa faz um exercício mais rápido, usa mais fibras motoras para o movimento. O mais importante na musculação é força e velocidade”, explica o médico do exercício e do esporte Claudio Gil Araújo, diretor de pesquisa e educação da Clínica de Medicina do Exercício (Clinimex), que conduziu o estudo.

Araújo começou a se interessar pela variável como uma diretriz para a avaliação dos exercícios nos anos 1990, pelo fato de a potência ter efeitos práticos na qualidade de vida da população, principalmente entre idosos.

“Funciona para o idoso, que está perdendo a potência. Tanto homens quanto mulheres perdem 75% da potência e 50% da força com o envelhecimento, pegando o momento em torno dos 30 anos em comparação com 70 anos de idade”, explica o pesquisador. “Assim, tem dificuldade para levantar da cadeira ou do sofá, para colocar a bagagem na esteira do aeroporto, pegar o neto no colo ou uma sacola de compras”, exemplifica.

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A morte acaba ocorrendo mais cedo porque a baixa potência abre as portas para quedas e fraturas ósseas que, por sua vez, deixam essa população mais vulnerável às complicações por esses traumas.

Hipertrofia e menos risco de morte

Embora esse estudo possa ajudar na construção de programas de exercício, é fundamental deixar claro que os participantes não fizeram esforço para executar movimentos rápidos com cargas que não podiam suportar.

No estudo, os voluntários utilizaram o peso de acordo com a sua capacidade de utilizá-lo enquanto faziam séries de seis s oito repetições ao longo de 15 segundos. A potência foi medida utilizando um potenciômetro. Caso não consiga visualizar o funcionamento desse exercício, imagine que é algo como um HIIT, o Treino Intervalado de Alta Intensidade, da musculação.

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“O treinamento de potência dá hipertrofia e qualidade do movimento. Não é para ficar fatigado. No estudo, encontramos uma razão de risco para mortalidade de 5,88 para homens e 6,90 para mulheres.” E o que isso significa? “Uma pessoa com potência muito baixa tem seis vezes mais vezes de morrer por morte natural se for homem e sete vezes mais se for mulher. A baixa potência é algo muito perigoso”, diz Araújo.

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