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Por que os homens têm mais risco de câncer do que as mulheres?

Pesquisa com 171.274 homens e 122.826 mulheres de 50 a 71 anos aponta que diferenças biológicas sexuais podem ser resposta para questão

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 ago 2022, 17h16

Hábitos que ocorrem com maior frequência entre homens, como fumar, beber e ter menos cuidado com a dieta e a saúde em geral costumavam justificar o que faz com que as taxas da maioria dos tipos de câncer sejam mais altas no sexo masculino do que no feminino. Mas um estudo publicado no CANCER, periódico da American Cancer Society, apontou que esse fenômeno pode estar relacionado a diferenças biológicas sexuais.

No estudo, os pesquisadores avaliaram diferenças em relação ao risco para a doença em 21 partes do corpo onde o câncer pode se manifestar em 171.274 homens e 122.826 mulheres adultas de 50 a 71 anos. Eles eram participantes de outra pesquisa que durou de 1955 a 2011 e, neste período, 17.951 novos episódios surgiram em homens e 8.742, em mulheres.

O grupo fez ajustes em comportamentos e exposições cancerígenas para fazer a análise e constatou que esses fatores representavam uma variação que oscilava entre 11% (para câncer de esôfago) a 50% (para câncer de pulmão) para a predominância masculina. Então, concluíram que diferenças biológicas entre os sexos, como as fisiológicas e imunológicas, podem ser a explicação para que os homens estejam mais sujeitos a desenvolver a doença.

“Nossos resultados mostram que existem diferenças na incidência de câncer que não são explicadas apenas pelas exposições ambientais. Isso sugere que existem diferenças biológicas intrínsecas entre homens e mulheres que afetam a suscetibilidade ao câncer”, disse, em publicação sobre o estudo, Sarah S. Jackson, do National Cancer Institute.

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Segundo a pesquisa, apenas os cânceres de tireoide e vesícula biliar tiveram incidência maior em mulheres. Os riscos aumentados para a doença em maior proporção no sexo masculino foram: câncer de esôfago (10,8 vezes maior), laringe (3,5 vezes maior), cárdia gástrica (3,5 vezes maior) e bexiga (3,3 vezes maior).

Os pesquisadores sugeriram, em editorial, que seja adotada uma abordagem que considere diferenças sexuais nos estudos futuros sobre a doença, desde previsões de risco, passando pela prevenção e triagem, até o tratamento e o acompanhamento do paciente.

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