A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira, 18, que seis países africanos que vão receber tecnologia para produzir vacinas de RNA mensageiro contra a Covid-19, método usado nos imunizantes da Pfizer e da Moderna, na África. A dificuldade para controlar a doença no continente, que sofre com a carência de imunizantes e está com apenas 12% da população completamente vacinada, é uma questão que preocupa a OMS, pois a equidade de vacinas é importante para acabar com a pandemia.
Egito, Quênia, Nigéria, Senegal, África do Sul e Tunísia se inscreveram para participar de um hub global de transferência de tecnologia de mRNA criado em abril do ano passado e serão beneficiados. Um consórcio sul-africano vai administrar o centro, que tem como objetivo atender países de baixa e média renda e permitir que eles produzam os imunizantes seguindo padrões internacionais.
O treinamento vai começar no próximo mês e, segundo a OMS, a meta é iniciar a produção de vacinas “o mais rápido possível”. O evento de anúncio contou com a participação dos presidentes Cyril Ramaphosa, da África do Sul, Emmanuel Macron, da França, Charles Michel, do Conselho Europeu, e Ursula von der Leyen, da Comissão Europeia. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também estava presente.
“Esta é uma iniciativa que nos permitirá fazer nossas próprias vacinas e que, para nós, é muito importante. Significa respeito mútuo, reconhecimento mútuo, investimento em nossas economias, investimento em infraestrutura e, de muitas maneiras, retribuir ao continente”, afirmou o presidente da África do Sul.