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OMS emite alerta sobre hepatite de origem desconhecida em crianças

Doença, detectada no Reino Unido, Irlanda e na Espanha, fez com que seis pacientes pediátricos precisassem de transplante de fígado

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 17h45 - Publicado em 15 abr 2022, 16h07
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  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta nesta sexta-feira, 15, sobre dezenas de casos de hepatite de origem desconhecida em crianças com menos de 10 anos relatados na Irlanda, na Espanha e no Reino Unido, que contabiliza ao menos 74 registros da doença. Segundo a entidade, seis crianças com quadros mais graves precisaram fazer transplante de fígado.

    Os primeiros casos foram registrados na região da Escócia, no último dia 5, quando a OMS recebeu notificação sobre dez episódios de hepatite aguda grave em pacientes pediátricos. Três dias depois, no dia 8, o número subiu para 74. Testes laboratoriais descartaram os tipos A, B, C, E e D (quando aplicável) e foi iniciada uma investigação para entender a origem do vírus. A entidade afirmou que buscas de novos registros estão sendo intensificadas e que o número de notificações pode aumentar nos próximos dias.

    A hepatite é uma inflamação que atinge o fígado e, na maioria dos episódios, é causada por vírus, mas pode ter relação com uso de substâncias tóxicas, incluindo medicamentos, consumo de álcool, doenças hereditárias e distúrbios autoimunes. Nos episódios da Escócia, os pacientes tinham entre 11 meses e cinco anos, dos quais nove apresentaram os primeiros sintomas em março e um adoeceu em janeiro deste ano. Elas apresentaram icterícia (cor amarelada na pele ou nos olhos), diarreia, dor abdominal e vômito. Há casos em investigação na Irlanda e na Espanha.

    A OMS informou que nenhuma morte foi informada, mas alguns pacientes precisaram de transferência para unidades especializadas de fígado infantil e seis crianças foram submetidas a transplante de fígado.

    No Reino Unido, exames laboratoriais apontaram presença de SARS-CoV-2 e adenovírus em diversos casos, mas ainda não é possível estabelecer a relação entre essas infecções e os episódios de hepatite aguda grave. “Testes laboratoriais para infecções adicionais, produtos químicos e toxinas estão em andamento para os casos identificados”, informou a OMS.

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