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OMS considera movimento antivacina uma ameaça à saúde mundial

Para especialistas, a presença do movimento na lista de ameaças evidencia os perigos que ele representa à saúde global

Por Redação
Atualizado em 17 jan 2019, 19h58 - Publicado em 17 jan 2019, 19h20
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  • Em seu relatório com os dez maiores desafios de saúde para 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o movimento antivacina. O problema, que vem crescendo nos últimos anos, envolve a mobilização de pessoas e pais que afirmam que as vacinas não são seguras nem eficazes. Essas pessoas não se vacinam e nem imunizam seus filhos, o que causa um grande problema de saúde pública e pode colocar em risco a vida de outras pessoas.

    Segundo a OMS, o boicote à vacina tem várias causas, que variam de indivíduo para indivíduo. Para algumas pessoas, o problema reside na segurança das vacinas, principalmente em decorrência de casos isolados em que um cientista mal intencionado divulgou informações falsas para auto-promoção. Outras acreditam que o período entre uma vacina e outra – especialmente no caso das crianças – é muito pequeno e deveria ser mais espaçado. Existem ainda as “teorias da conspiração” que consideram as vacinas como um método de controle populacional utilizado pelos governos.

    Qualquer que seja o motivo, as consequências já estão sendo sentidas em todo o mundo, ameaçando reverter décadas de progresso na erradicação de doenças evitáveis e trazendo riscos de vida. Em 17 anos, a vacina contra o sarampo, por exemplo, foi capaz de salvar a vida de 21 milhões de pessoas, diminuindo o número de mortos em 80%.

    No entanto, a doença retornou, incluindo em países que estavam próximo de erradicar a doença. O número de casos globais cresceu em 30% nos últimos anos – e um dos motivos é a hesitação vacinal. Especialistas acreditam que a inclusão do movimento anti-vacina na lista de da OMS evidencia os perigos que ele pode representar à saúde global.

    Importância da vacinação

    O relatório da OMS revelou que a vacinação contra diversas doenças, incluindo sarampo, poliomielite e difteria, foi capaz de prevenir até três milhões mortes por ano. A vacina tem a capacidade de ajudar o corpo a desenvolver imunidade às infecções, o que impede que elas se instalem no organismo. “A hesitação vacinal ameaça desfazer muito desse progresso”, alertou Amesh Adalja, do Johns Hopkins Center for Health Security, nos Estados Unidos, ao site especializado Live Science

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    Diante disso, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) advertiu que se essa onda anti-vacinação não for controlada, “mais crianças podem ficar doentes e morrer”. A prova disso, é o retorno de doenças já conhecidas pelos perigos que representam. A falta de vacinação ainda pode ser a porta de entrada para outras doenças ainda pouco conhecidas.

    Para enfrentar o problema, a OMS busca a ajuda dos profissionais de saúde, especialmente aqueles em comunidades, que são a linha de frente para esclarecer dúvidas e fornecer informações confiáveis sobre vacinas de forma a convencer a população sobre a importância da vacina para a prevenção de doenças. 

    Metas para 2019

    Segundo a OMS, o ressurgimento do sarampo e de outras doenças evitáveis ​​é uma preocupação séria para o qual a entidade e seus parceiros estão determinados a enfrentar durante todo o ano. Entre os planos da organização está os esforços para aumentar a cobertura da vacina contra o papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês), uma doença sexualmente transmissível (DST) que causa verrugas genitais e está entre as principais causas do câncer de colo do útero. A OMS também se comprometeu a deter a propagação do poliovírus selvagem, responsável pelos casos de poliomielite no Afeganistão e no Paquistão.

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    Além do movimento anti-vacinação, outras ameaças à saúde global que devem ser enfrentadas pela OMS durante 2019 são:

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