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O que se sabe sobre a nova variante da ômicron descoberta pela Fiocruz?

Rede genômica aponta similaridades com a BQ.1, última cepa descoberta, popularmente chamada de "Cão do Inferno"

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 nov 2022, 15h36 - Publicado em 14 nov 2022, 15h34

A Rede Genômica Fiocruz descobriu uma nova subvariante da ômicron, que causa a Covid-19. Trata-se da BE.9., que seria a responsável pelo aumento do número de casos no Amazonas. “O que ocorre no estado tende a se repetir em outras regiões”, disse o pesquisador Tiago Gräf, da Rede Genômica.

Gräf, que analisou os resultados encontrados pela equipe do virologista Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia, lembra que os casos de Covid-19 no Amazonas – que tem a maior cobertura de sequenciamento do Sars-CoV-2 do Brasil – estavam em ascensão desde metade de outubro e subiram de uma média móvel de cerca de 230 casos por semana para cerca de 1.000 habitantes.

Para investigar o que poderia estar causando esse ressurgimento da doença no estado, a equipe sequenciou mais de 200 genomas do Sars-CoV-2 de setembro e outubro e acabou identificando essa nova cepa. “Como fazemos a vigilância em um percentual grande de casos, trabalhando em parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde do estado e o LACEN/AM, conseguimos fazer essas identificações de maneira precoce e explicar como se deu o surgimento da variante”, explicou o pesquisador.

De acordo com a Fiocruz, a BE.9 é uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, ou seja, é uma ômicron da linhagem BA.5. Naveca explica que as duas subvariantes BQ.1 – conhecida popularmente como “Cão do Inferno” – e BE.9 compartilham algumas das mesmas mutações, mas que “ambas não parecem provocar o aumento do número de casos graves, ao menos até o momento”. “A BE.9 e a BQ.1 têm suas diferenças em outras regiões do genoma, mas na Spike – proteína que o vírus usa para infectar as células humanas – são muito similares. É por isso que é muito importante que monitoremos de perto a BE.9, pois já vimos que ela fez ressurgir a Covid-19 no Amazonas e não sabemos se ela poderá fazer o mesmo no resto do Brasil”, disse Gräf.

Os pesquisadores, porém, estão otimistas, já que o número de casos de SRAG e de mortes por Covid-19 não parecem estar aumentando significativamente pela BQ.1 (conforme dados internacionais) e nem pela BE.9. “No Amazonas, apesar do aumento no número de casos, a onda causada pela BE.9 é menor que a da BA.5 e muito menor que a da BA.1. A onda da BE.9 parece já ter atingido seu auge e deve começar a diminuir em breve”, diz Gräf. Tomara!

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