Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

O novo avanço da promissora vacina universal contra gripe

Imunizante gerou resposta humana contra gripe H5N1, vírus aviário que já infecta mamíferos, em primatas não humanos; modelo é baseado em influenza de 1918

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 jul 2024, 15h08 - Publicado em 25 jul 2024, 15h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • As vacinas contra a influenza, vírus causador da gripe, indicadas anualmente para populações mais vulneráveis às infecções, costumam proteger contra três ou quatro cepas em circulação e têm atualização também uma vez por ano para garantir o bloqueio contra a versão do patógeno em atividade. Com a propagação de diferentes tipos de influenza, inclusive a gripe aviária H5N1 que já se transmite entre mamíferos, cientistas têm intensificado os testes com um imunizante universal e um deles se mostrou promissor em testes com primatas não humanos, segundo estudo publicado na revista Nature Communications.

    Publicidade

    Desenvolvida pela Oregon Health & Science University, a abordagem gerou resposta imune considerada robusta contra o H5N1, avaliado como um candidato a causar a próxima pandemia, embora ainda seja um patógeno que não teve mutações necessárias para infectar e se propagar entre humanos com eficácia.

    Publicidade

    A proposta se enquadra na ideia de ser uma vacina universal e se mostra interessante porque não tem como base o H5N1 em circulação entre aves e vacas leiteiras, principalmente nos Estados Unidos. Os macacos foram inoculados com a influenza H1N1 causadora da pandemia de 1918, historicamente conhecida como Gripe Espanhola, responsável por dizimar milhões de pessoas ao redor do mundo.

    Nos ensaios, seis dos 11 animais que receberam o vírus que circulou em 1918 sobreviveram quando expostos ao H5N1. No grupo de controle com seis primatas não vacinados, todos morreram sete dias após ter contato com o patógeno. Eles apresentaram “dificuldade respiratória aguda”.

    Publicidade

    “Acredito que isso significa que, dentro de cinco a dez anos, uma vacina única contra a gripe é realista”, declarou, em comunicado, Jonah Sacha, professor e chefe da Divisão de Patobiologia da universidade.

    Continua após a publicidade

    Segundo o pesquisador, há indícios de que a plataforma poderá ser usada para o desenvolvimento de vacina contra outros vírus com alta capacidade de mutação, caso do SARS-CoV-2, responsável pela pandemia de Covid-19.

    Publicidade

    “Para vírus com potencial pandêmico, é essencial ter algo assim. Nós nos propusemos a testar a gripe, mas não sabemos o que virá a seguir.”

    Como funciona a vacina

    O imunizante é produzido com partículas do vírus que são inseridos no citomegalovírus, que atua como vetor para indução das células T (de defesa) do organismo.

    Publicidade

    Embora esse método seja conhecido e usado em outras vacinas, o diferencial é que a plataforma não tem como foco desencadear respostas de anticorpos apenas contra a versão do vírus em circulação ou sua evolução mais recente. Ao sofrer mutações, os vírus têm alterações em sua superfície externa, o que desvia os anticorpos, e essa é a camada onde atuam as atualizações dos imunizantes atuais.

    Continua após a publicidade

    Na proposta dos pesquisadores, o alvo são as proteínas estruturais internas do vírus, que não passam por muitas mudanças. Assim, elas que são caçadas pelos anticorpos, que começam a vasculhar e destruir qualquer célula infectada por influenza antiga ou recém-mutada.

    Publicidade

    “É uma mudança radical em nossas vidas. Não há dúvidas de que estamos à beira da próxima geração de como lidamos com doenças infecciosas”, declarou Sacha.

    Gripe aviária H5N1 já se propaga entre mamíferos

    Um estudo divulgado nesta quarta-feira, 24, constatou a transmissão de mamífero para mamífero da gripe aviária H5N1 ao encontrar evidências de que o vírus circulou entre vacas e passou delas para gatos e um guaxinim.

    Até o momento, 11 casos em seres humanos foram relatados nos Estados Unidos desde abril de 2022, dos quais quatro tinham relação com fazendas de gado e sete ocorreram em granjas. Todos tiveram sintomas leves da doença.

    Continua após a publicidade
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.