Um em cada três adultos americanos não dorme o suficiente. O que isso tem a ver com sexo? Tudo.
De acordo com Laurie Mintiz, professora de psicologia na Universidade da Flórida, é inevitável levar em conta o que seria óbvio: geralmente dormimos e fazemos sexo no mesmo lugar: o quarto. Menos óbvio, mas mais importante, é que a falta de sono e a falta de sexo compartilham algumas causas subjacentes comuns, incluindo o estresse.
Especialmente importante, a falta de sono pode levar a problemas sexuais e a falta de sexo pode levar a problemas de sono. Por outro lado, uma boa noite de sono pode levar a um maior interesse pelo sexo, e o sexo orgásmico pode resultar em uma melhor noite de sono.
Compreensível, não?
Laurie Mintz também é educadora e pesquisadora especializada em assuntos sexuais, além de autora de vários estudos sobre a eficácia das publicações de auto-ajuda no aprimoramento do funcionamento sexual. Ela acaba de lançar nos Estados Unidos o primeiro livro sobre a conexão entre sono e sexo: “Um guia para mulheres cansadas terem sexo mais apaixonado” escrito para ajudar as inúmeras mulheres qu afirmam estar exaustas para se interessarem por sexo.
O efeito do sono sobre o sexo entre as mulheres
A razão pela qual a profissional escreveu o livro é que, de acordo com estudos, as mulheres são afetadas desproporcionalmente nesta relação falta de sono e baixo desejo sexual. Surpreendentemente, estar muito cansadas para o sexo é a principal razão que as mulheres alegam para a perda do desejo sexual.
Na obra, ela explica que, por outro lado, ter uma boa noite de sono pode aumentar a vontade da prática. De acordo com um estudo recente divulgado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, quanto mais horas de sono as mulheres obtinham, mais desejo por sexo tinham no dia seguinte à noite de descanso.
Ainda de acordo com a pesquisa, mulheres que tiveram apenas uma hora extra de sono, demonstraram 14% de chances a mais de querem um encontro sexual no dia seguinte. Além disso, mais sono estava relacionado a uma melhor excitação genital.
Mães que acabaram de ter filhos e mulheres na menopausa, tampouco experimentam noites de sono satisfatório e, geralmente, demonstram pouquíssimo interesse em sexo.
Enquanto os pais também lutam com o estresse, há evidências de que o estresse e as noites sem dormir resultantes atenuam o desejo sexual das mulheres mais do que as do homem. Parte da explicação se deve aos hormônios: noites mal dormidas resultam em mais horas de estresse que, por sua vez estimulam a liberação do cortisol.
Conhecido como o hormônio do estresse, ele diminui consideravelmente o papel da testosterona, que desempenha um papel importante no desejo sexual de mulheres e homens. Os homens têm significativamente mais testosterona do que as mulheres. Logo, quando mulheres experimentam privação de sono e estresse, seu desejo sexual diminui consideravalmente, mas o mesmo não ocorro com na mesma intensidade com os homens.
O efeito do sexo no sono
Enquanto o sono (e o estresse) têm efeito sobre o sexo, o contrário também acontece. Ou seja, o sexo afeta o sono e, consequentemente, o estresse. De acordo com Ian Kerner, especialista em sexo, há evidências de que o “hormônio do estresse”, o cortisol, diminua após o orgasmo. Também há evidências de que a oxitocina, o “hormônio do amor” que é liberado após o orgasmo, resulta não apenas em sentimentos aumentados de conexão com um parceiro, mas em um melhor sono.
Com CBS