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Novo exame de sangue pode prever parto prematuro

O teste em estudo ainda consegue prever com maior precisão a data para partos normais

Por Da Redação
8 jun 2018, 17h55
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  • Um exame de sangue em estudo mostrou ser capaz de prever o parto prematuro em 80% das mulheres de alto risco. Os resultados preliminares, publicados na revista Science, sugerem que a análise da atividade genética na corrente sanguínea da grávida pode dar indícios da possibilidade de um problema no futuro.

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    De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), anualmente 15 milhões de bebês nascem prematuros (antes de 37 semanas de gestação) em todo o mundo, sendo a principal causa de mortes entre crianças menores de cinco anos – cerca de um milhão de mortes por ano. No Brasil, estima-se que haja cerca de 150 mil casos de parto prematuro todos os anos.

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    Além de prever a possibilidade do nascimento prematuro, a equipe de pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, afirma que o teste também consegue indicar a data do parto com a mesma precisão do ultrassom, exame utilizado atualmente para determinar a tempo gestacional das mulheres.

    Parto prematuro

    O estudo, que envolveu 38 mulheres, utilizou um teste que mede a atividade do RNA – material genético responsável pela produção de proteínas -, provenientes do feto, da placenta e da mãe, que circulam na corrente sanguínea.

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    Os pesquisadores começaram coletando amostras de sangue de mulheres grávidas semanalmente para verificar como os níveis de diferentes RNAs mudavam durante a gravidez e quais poderiam ser usados para prever a idade gestacional ou o parto prematuro.  “Considerando que o RNA dá uma ideia do que as células do corpo estão fazendo em diferentes momentos, às vezes o RNA encontrado no sangue é indicativo do que está errado”, contou Mira Moufarrej, co-autora do estudo, à BBC.

    Data do parto

    O teste também foi usado para prever o nascimento pré-termo até dois meses antes do início do trabalho de parto. Ele foi realizado em dois grupos de mulheres diferentes. Segundo a análise dos dados, o exame de sangue conseguiu prever com precisão de 45% a idade gestacional, em comparação com 48% para ultrassonografia. “Estou muito animado com o potencial de tudo isso. Se pudermos usar o sangue de uma mãe para tornar os cuidados de saúde mais acessíveis para as pessoas que não têm acesso a ultrassonografia, esperamos que isso signifique bebês mais saudáveis e gravidez mais saudável”, disse Mira.

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    Apesar dos resultados promissores, o estudo ainda está na fase inicial e os resultados ainda precisam ser confirmados em ensaios maiores.

    Estudos em desenvolvimento

    Outro exame de sangue em desenvolvimento buscou estimar o risco de parto prematuro entre gestantes com e sem pré-eclâmpsia, condição caracterizada por pressão alta durante a gravidez e o parto. Segundo artigo publicado no Journal of Perinatology, o teste foi realizado em 400 mulheres durante o segundo trimestre de gestação, analisando 25 biomarcadores ou substâncias no sangue que representassem sinais de inflamação e ativação do sistema imunológico, assim como os níveis de proteína – todos indicativos de um possível risco de parto prematuro.

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    Os pesquisadores descobriram que a triagem desses biomarcadores, juntamente com a idade da gestante e a condição financeira, poderia identificar o risco de parto prematuro. “Nosso teste foi capaz de prever 80,3% das mulheres que tiveram um parto prematuro, entre 15 e 20 semanas de gestação”, disse Laura Jelliffe-Pawlowski, professora da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

    Prematuridade e pré-eclâmpsia

    O exame ainda conseguiu identificar 95% das mulheres que tiveram a prematuridade com pré-eclâmpsia antes de 32 semanas. “A capacidade de monitorar de forma não invasiva o desenvolvimento fetal e prever o risco de parto prematuro através de marcadores circulantes pode ter um grande impacto no monitoramento e no manejo da gravidez”, comentou Noelle Younge, professora assistente de pediatria da Duke University School of Medicine, nos Estados Unidos.

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    Por causa da previsão, a equipe foi capaz de indicar o uso de aspirina (em doses baixas) para ajudar a diminuir o risco de pré-eclâmpsia. A autora do estudo ainda comentou que o preço do teste – cerca de 50 a 100 dólares (R$189 a R$378) – também deve facilitar o acesso para que mulheres de baixa renda possam fazê-lo.

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