Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mundo conseguiu frear avanço da aids, aponta ONU

Segundo relatório apresentado nesta terça-feira, em 15 anos, os novos casos de contágio por HIV caíram em 35% e as mortes foram reduzidas em 41%. Segundo organização, meta de acabar com a doença até 2030 é 'realista'

Por Da Redação
14 jul 2015, 13h58

A meta que chegou a parecer um sonho há 15 anos – frear e começar a reverter a incidência da aids no mundo – foi atingida. Dados publicados nesta terça-feira pela Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que 15 milhões de pessoas estão recebendo os coquetéis de combate ao vírus e que o objetivo de acabar com a doença até 2030 pode ser considerada “realista” se investimentos forem feitos.

No ano 2000, a ONU estabeleceu como uma das Metas do Milênio frear e reverter a aids no mundo, objetivo que chegou a ser ridicularizado por líderes e mesmo empresas do setor. Em 2015, os dados apontam que as novas infecções caíram em 35% e as mortes foram reduzidas em 41% em 15 anos. A resposta global ainda evitou 30 milhões de novos casos e 8 milhões de mortes. “O mundo conseguiu parar e reverter a epidemia da aids”, disse Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU. “Agora precisamos nos comprometer a acabar com a epidemia.”

Os estudos da ONU revelam que o investimento no combate à doença foi um dos mais produtivos em gerações. O levantamento também indica que o mundo está no caminho para atingir a meta de ter US$ 22 bilhões por ano para essa luta. “Há 15 anos, existia uma conspiração do silêncio. A aids era uma doença ‘dos outros’ e o tratamento era apenas para os ricos”, disse Michel Sidibe, diretor executivo da Unaids, o programa da ONU contra a aids. “Provamos que isso era errado e hoje temos 15 milhões sob tratamento”, disse. Para ele, quando a meta foi estabelecida, muitos a achavam que seria “impossível”.

LEIA TAMBÉM:

É preciso atitude contra a aids

Novo tratamento avança no caminho rumo à cura da aids

Naquele momento, 8 500 novos casos eram registrados por dia. Desde então, as infecções caíram de 3,1 milhões para 2 milhões por ano, uma redução de 35%. Se nada tivesse sido feito, esse número teria chegado a 6 milhões em 2014. Ao todo, 83 países – que representam 83% dos casos – frearam ou reverteram a contaminação, incluindo Índia, Quênia, África do Sul e Zimbábue. Por ano, 520 000 crianças estavam sendo afetadas em 2000. Hoje, essa taxa caiu em 58%.

Continua após a publicidade

“Em 2000, a aids era um sentença de morte”, diz a ONU, com 4 300 mortes diárias – ou 1,6 milhão de mortes anuais. Hoje, essa taxa caiu para 1,2 milhão de mortes por ano. Hoje, 36,9 milhões de pessoas vivem com o vírus no mundo.

Apesar dos resultados divulgados, nem todos compartilham do mesmo otimismo. Para a entidade Médicos sem Fronteiras, atingir 15 milhões de pessoas, de fato, é um “feito importante”. “Mas não podemos perder de vista que mais da metade das pessoas que vivem com aids continuam sem acesso ao tratamento”, disse a entidade.

Segundo Sharonann Lynch, representante da entidade, “certos países contam com uma cobertura de apenas 17% dos pacientes”. Ela ainda critica o fato de que os doadores têm sugerido a redução de recursos para o combate à aids em países em desenvolvimento. “Temos de usar essa oportunidade para dar um golpe na epidemia. Ou corremos o risco de perder o que ganhamos e voltar às mesmas taxas de infecção do passado”, alertou.

Continua após a publicidade

(com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.