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Mulheres com endometriose têm mais risco de infarto e AVC, diz estudo

Doença inflamatória que tem como principal sintoma a dor no período menstrual eleva possibilidade de derrame em 20% e de ataque cardíaco em 35%

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 set 2024, 14h00

O recorte de análises científicas por gênero é uma tendência para mapear fatores de risco específicos e evitar desfechos graves. Nessa linha, estudos na área da cardiologia já comprovaram que mulheres têm mais probabilidade de morrer por infarto e, agora, uma nova pesquisa divulgada no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC, na sigla em inglês), aponta que mulheres diagnosticadas com endometriose apresentam 20% mais risco de sofrer um acidente vascular cerebral e 35% de ter um infarto agudo do miocárdio.

O estudo utilizou dados de cerca de 300 mil dinamarquesas do período de 1977 a 2021 e comparou pacientes com endometriose, doença inflamatória que causa intensas dores no período menstrual, e um grupo de controle sem a condição. O período de acompanhamento das participantes variou entre 16 e 45 anos.

“Por décadas, a doença cardiovascular foi considerada uma doença masculina e os fatores de risco foram considerados da perspectiva masculina, incluindo disfunção erétil em diretrizes sobre avaliação de risco, por exemplo. No entanto, uma em cada três mulheres morre de doença cardiovascular e uma em cada dez mulheres sofre de endometriose“, disse, em comunicado, a autora do estudo Eva Havers-Borgesen, membro do Hospital Universitário Rigshospitalet Copenhagen.

Na análise de complicações combinadas, o ensaio contatou uma probabilidade 20% maior de que as pacientes com endometriose sofressem um desfecho de infarto e AVC em comparação com as mulheres sem a doença. Ao desmembrar os desfechos, foi encontrado o índice de risco elevado de 20% para derrame e 35% para ataque cardíaco.

“Nossos resultados sugerem que pode ser hora de considerar rotineiramente o risco de doença cardiovascular em mulheres com endometriose”, afirmou a pesquisadora.

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Outros riscos para o coração da mulher

Os pesquisadores encontraram ainda desdobramentos secundários da endometriose e a condição também foi associada ao aumento do risco de arritmias e insuficiência cardíaca.

Os resultados convergem com ensaios que indicam relação entre o sistema cardiovascular, a endometriose e mecanismos ligados a outras doenças.

“Sugerimos que mulheres com endometriose passem por avaliação de risco de doença cardiovascular. Agora é hora de fatores de risco específicos para mulheres, como endometriose, mas também diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, serem considerados em modelos de predição de risco cardiovascular”, afirmou Eva.

Sintomas da endometriose

A endometriose é uma doença inflamatória que atinge cerca de 190 milhões de adolescentes, mulheres e pessoas com útero no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), e é uma condição crônica que causa fortes dores durante a menstruação.

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Nela, as células do tecido que recobre o útero, o endométrio, não são expelidas no fluxo menstrual e fazem um movimento inverso, retornando e caindo nos ovários ou na cavidade abdominal.

Além das cólicas intensas, são sintomas: dor durante as relações sexuais, sangramentos intestinais e urinários, náuseas, inchaço abdominal e fadiga. Uma das principais consequências é a dificuldade para engravidar e há ainda casos de infertilidade.

O tratamento é feito com analgésicos, anti-inflamatórios e medicamentos hormonais, como anticoncepcionais. Em episódios mais graves, há indicação de cirurgia para remoção dos tecidos.

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