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Febre amarela: motorista de 48 anos é novo caso na Grande SP

Homem esteve no município de Mairiporã, uma das regiões com o maior número de casos suspeitos. Duas pessoas morreram e uma passou por transplante de fígado

Por Thaís Botelho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 jan 2018, 16h42 - Publicado em 8 jan 2018, 18h20

O motorista Adilson Tadeu Esteves Cypriano, 48 anos, morador da Vila Guilherme, Zona Norte de São Paulo, é o  caso registrado de febre amarela na cidade.

Internado há três dias em estado grave no Hospital LeForte, no bairro da Liberdade, centro de São Paulo, Adilson sentiu fortes dores musculares e na cabeça e, no dia 1 de janeiro, buscou o Pronto Socorro do Hospital São Camilo, no bairro de Santana, na Zona Norte de São Paulo.

Devido aos sintomas relatados, a suspeita inicial foi de forte gripe ou possível virose. Ele, que estava companhado do irmão Irineu Esteves, voltou para casa, mas, dois dias depois, teve o quadro agravado. Foi quanto retornou à mesma unidade e, com fortes dores, rapidamente encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no local.

Após sorologia, teve a confirmação: era mais uma vítima de febre amarela. “Nos disseram que ele estava caminhando para um quadro de hepatite fulminante, com mais de 50% do figado comprometido pela doença e precisaria se transferido de hospital”, explicou o irmão.  Às 9h30 da sexta-feira 5, Adilson foi encaminhado para a UTI do Hospital LeForte, onde permanece sedado, em estado crítico.

Na manhã da segunda-feira 8, a família foi informada de que, ainda que o quadro seja grave, Adilson já começava a ter as funções hepáticas estabelecidas e não precisaria passar por transplante de fígado — consequência grave da doença.  “É um caso a ser estudado. Seguimos em forte corrente de oração”, afirmou o irmão.

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Natal em Mairiporã
Divorciado e pai de duas meninas, Clara de 8 anos, e Lívia de 6, Adilson passou as festas de final de ano na casa da uma das duas irmãs na Serra da Cantareira, município de Mairiporã, cerca de 40 km de São Paulo — onde há uma das maiores florestas urbanas do estado e muitos macacos que, vale lembrar: não transmitem a doença, mas hospedam o vírus da febre amarela.

Desde de agosto do último ano, a cidade já estava em alerta para a doença, quando foram confirmadas as mortes de 22 macacos por febre amarela. Na ocasião, porém, não havia caso suspeito em humanos. Desde outubro, parques municipais e estaduais da capital onde foram achados macacos mortos, como o Parque Estadual da Cantareira e o Horto Florestal, foram e permanecem fechados como medida preventiva.


Mortes por febre amarela
Na sexta-feira, 5, em nota, a Secretaria da Saúde de São Paulo confirmou três casos de febre amarela registrados na região metropolitana de São Paulo. Dois pacientes morreram e uma está internada no Hospital das Clínicas, na capital.  A confirmação das mortes pela doença, no sábado 6, fez o governo liberar a vacinação para todo o Estado.

 

 

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