Um levantamento do Observatório de Atenção Primária da Umane, com base em dados do Ministério da Saúde, apontou que o índice de mortalidade por câncer de próstata teve crescimento em 25 estados do Brasil nos últimos 14 anos. A análise considerou a taxa por cada 100 mil habitantes do sexo masculino.
Entre os estados que mais registraram aumento está o Pará (111,3%), o Amapá (97,9%); o Maranhão (82,6%) o Mato Grosso (65,9%) e a Bahia (63,8%). Os estados que registraram menores taxas de crescimento foram o Rio de Janeiro (12,5%), São Paulo (14,8%), Distrito Federal (17,5%) e Rio Grande do Sul (19,2%). Já os estados Mato Grosso do Sul e Acre tiveram redução de casos em 4,5% e 24,5%, respectivamente.
Câncer mais comum entre os homens, o câncer de próstata registra cerca de de 65 mil casos e 15 mil óbitos por ano no Brasil. Trata-se de um tumor maligno, que se origina de mutações e consequente multiplicação desordenada de células da próstata, glândula masculina situada na região da pelve, que envolve parte da uretra e produz parte do sêmen. Alguns desses tumores podem ser fatais, crescendo de forma rápida e espalhando-se para outros órgãos, mas a maioria é de evolução lenta.
Na fase inicial, o câncer de próstata é assintomático. Em estágio avançado, os sintomas são dificuldade para urinar, urinar muitas vezes ao dia e a noite, esvaziamento incompleto da bexiga, entre outros. O diagnóstico é geralmente feito por meio de exame de toque retal ou dosagem sérica de PSA (Antígeno prostático específico) e o tratamento pode ser realizado com cirurgia, associado a quimioterapia e/ou radioterapia.