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Morre o quarto médico vítima de ebola em Serra Leoa

Serviços funerários serão reforçados para reduzir chances de contaminação

Por Da Redação
14 set 2014, 19h06
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  • Morreu neste domingo em Serra Leoa o quarto médico vítima do vírus ebola. Os serviços funerários das vítimas da epidemia no país anunciaram um reforço das suas equipes para encurtar este período particularmente propício à contaminação.

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    O Programa Alimentar Mundial (PAM) lançou neste domingo uma intensificação de sua ajuda, a fim de “apoiar 353.000 pessoas nas regiões mais afetadas pela crise de ebola na Guiné por um período de seis meses para evitar que esta crise sanitária se torne uma crise alimentar”. De acordo com um comunicado, o PAM está intensificando suas operações por meio de uma intervenção humanitária regional que irá fornecer rações de arroz, legumes, óleo, sal e supercereal a cerca de 1,3 milhão de pessoas afetadas pela epidemia de ebola na Guiné, Serra Leoa e Libéria.

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    Em Serra Leoa, o médico Olive Buck, que dirigia o hospital público Lumley, no oeste da capital Freetown, morreu neste domingo, aos 60 anos, após ser diagnosticado com o vírus na terça-feira e internado no Hospital Connaught. “Esta é mais uma triste perda para a profissão”, declarou o responsável pelos serviços médicos, Dr. Brima Kargbo, acrescentando que o Ministério da Saúde “lamenta o desaparecimento de outro combatente na luta contra a ebola”. Serra Leoa já perdeu outros três médicos, sendo o primeiro seu único especialista em virologia, e cinquenta enfermeiros.

    Além disso, “o número de equipes de sepultamento no oeste do país (incluindo a capital) foi aumentado para nove (em vez de quatro) para reduzir os atrasos” nesta fase de máximo contágio, anunciou o Centro de Operações de Emergência em um comunicado. Devido aos riscos elevados de contaminação, essas equipes, bem como as de monitoramento, terminarão o trabalho às 18h “para garantir sua segurança”, indica o Centro. Todo pedido de intervenção para além deste horário será respondido no dia seguinte, ressaltou.

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    Enquanto a epidemia não dá sinais de trégua, dois médicos holandeses que trabalhavam em Serra Leoa e que trataram pacientes com ebola foram repatriados, anunciou a fundação que os empregava. A Organização Mundial da Saúde (OMS) havia advertido em 25 de agosto sobre a proporção alarmante de médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde contaminados desde o início da epidemia, cerca de 10% do número de casos registrados. Esta avaliação é ainda mais grave dado que os três países mais afetados, Libéria, Guiné e Serra Leoa, contam com apenas um ou dois médicos por cada 100.000 habitantes.

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    Serra Leoa deve receber em breve reforços substanciais de Cuba, um dos países com o maior número de médicos per capita. As autoridades cubanas anunciaram na sexta-feira o envio de 62 médicos e 103 enfermeiros do país. O ministro cubano da Saúde, Roberto Morales Ojeda, não explicou a escolha de Serra Leoa, se não pelo desejo de “não dispersar os recursos humanos”, a fim de limitar o risco de contaminação.

    De acordo com a secretária de Estado francês para o Desenvolvimento e Francofonia, Annick Girardin, em visita a Conakry, o ebola é muito menos importante na Guiné do que em Serra Leoa. “Isso significa que a Guiné tem se saído melhor, mas temos de estar ao seu lado para fazer com que a doença desapareça. A minha mensagem é para que as pessoas venham a Guiné, venham aos três países afetados pelo vírus ebola”, declarou Annick neste domingo antes de seu retorno à Europa.

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    Na Libéria, o país mais afetado, a presidência emitiu uma lista de dez altos funcionários, incluindo dois secretários de Estado, demitidos por desobedecer à ordem de retornar em agosto ao país para participar na luta contra o ebola.

    (Com Agência France-Presse)

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