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Monkeypox pode ser transmitida por superfícies contaminadas?

Um estudo brasileiro diz que sim. Em especial, profissionais de saúde da linha de frente da doença também chamada de varíola dos macacos

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 out 2022, 14h03 - Publicado em 13 out 2022, 12h30

Um estudo brasileiro, publicado na edição na revista científica Emerging Infectius Diseases e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, levanta a possibilidade de trabalhadores de saúde estarem sendo infectados pelo vírus monkeypox, ou varíola dos macacos, por meio de contato com superfícies contaminadas.

O artigo reporta o caso de duas enfermeiras que desenvolveram a doença, cinco dias após atender um paciente em casa para coleta de material e diagnóstico de monkeypox. O texto também enumera detalhadamente a importância dos cuidados adotados para esse tipo de atendimento. No caso descrito, elas utilizaram todo equipamento de proteção – exceto as luvas – enquanto estavam no período inicial de entrevista, no quarto do paciente, adicionando o item apenas no momento da coleta, quando esterilizarem as mãos.

Conduzido pelo pesquisador da Fiocruz Pernambuco, Gabriel Wallau, ao lado do especialista em saúde do Cevs Richard Steiner Salvato, o estudo concluiu que as enfermeiras podem ter se contaminado pelo contato com superfícies infectadas na casa do paciente, que se encontrava no pico de transmissão viral. Ou ainda, ao manusear a caixa de transporte das amostras, de início com as luvas (infectadas) e posteriormente sem luvas.

“Trazer à luz esse evento de transmissão por meio de superfície é importante para aprimorar as recomendações públicas voltadas para a proteção tanto dos profissionais de saúde que lidam diretamente com esses pacientes, como dos familiares e outras pessoas envolvidas nesse cuidado”, explica Wallau, atestando que esse estudo pode ser utilizado como referência para a adoção de melhores práticas ao lidar com pacientes infectados com monkeypox.

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Segundo os autores da pesquisa, são recomendadas medidas de prevenção e bloqueio dessa rota de transmissão, que envolvem treinamento específico para a coleta, implementação de medidas de controle, higienização frequente das mãos e utilização correta de EPIs. Já as luvas devem ser usadas durante todo o período de visita a pacientes, contato com pessoas suspeitas de estarem infectadas e com seu ambiente ou objetos de uso pessoal. E as superfícies devem ser higienizadas com desinfetante, antes e depois da interação com casos suspeitos.

Os pesquisadores também reforçam a importância da vacinação para os grupos de alto risco, incluindo os profissionais de saúde que atuam na linha de frente dessa doença.

Além da Fiocruz Pernambuco e do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (Cevs/SES-RS), o Bernhard Nocht Institute for Tropical Medicine – National Reference Center for Tropical Infectious Diseases, de Hamburgo (Alemanha), também participaram da pesquisa.

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