Moderna e Johnson & Johnson avançam em testes de vacina em humanos
A gigante Johson & Johnson antecipou o início dos testes em humanos para julho, mesmo mês em que a Moderna inicia a última fase de pesquisa clínica
Nesta semana, duas empresas anunciaram avanços importantes no desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus. A gigante americana Johnson & Johnson disse que vai antecipar o início dos testes de seu imunizante em humanos para julho. Já a empresa de biotecnologia Moderna agendou a realização da fase 3 de sua vacina, a última etapa exigida pelas agências regulatórias para aprovação de um novo produto, para o mesmo mês.
Inicialmente, os testes da Johnson estavam previstos para setembro. Agora, a previsão é a segunda quinzena de julho. “Com base na força dos dados pré-clínicos que vimos até agora e nas interações com as autoridades reguladoras, conseguimos acelerar ainda mais o desenvolvimento clínico de nossa vacina experimental SARS-CoV-2, Ad26.COV2-S, recombinante. Simultaneamente, continuamos nossos esforços para construir importantes parcerias globais e investir em nossa tecnologia de produção de vacinas e capacidades de fabricação. Nosso objetivo é garantir que possamos entregar uma vacina ao mundo e proteger as pessoas em todos os lugares desta pandemia. ”, disse Paul Stoffels, vice-presidente do comitê executivo e diretor científico da Johnson & Johnson.
O estudo de fase 1/2 avaliará a segurança da vacina, além da resposta do corpo à vacina em 1.045 adultos saudáveis com idade entre 18 e 55 anos e em outro grupo com 65 anos ou mais, nos EUA e na Bélgica. A empresa já se comprometeu a fornecer mais de um bilhão de doses globalmente da vacina até 2021, desde que a vacina seja segura e eficaz.
Já a Moderna, empresa americana que estreou, em tempo recorde, os estudos clínicos em humanos de uma vacina contra o novo coronavírus, anunciou que está prestes a avançar para a terceira fase de testes. A expectativa é que a partir do mês de julho 30.000 pessoas participem da testagem.
Ambas as vacinas são consideradas promissoras pelo governo americano e recebem apoio de órgãos oficiais.