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Medo de contrair novo coronavírus sobe e atinge 45% dos brasileiros

Levantamento foi divulgado pelo Datafolha nesta terça, 2; perfil de quem mais teme a doença é formado por mulheres nordestinas e pobres

Por Jana Sampaio Atualizado em 2 jun 2020, 17h40 - Publicado em 2 jun 2020, 17h23

Após o Brasil superar a triste marca de 30 000 óbitos e se tornar o segundo país com o maior número de casos confirmados, um levantamento mostrou que o medo de infecção pelo novo coronavírus aumentou no último mês. Segundo a pesquisa do Datafolha, em maio 45% da população declarou ter muito medo de contrair a doença, contra 36% em março. O índice que aponta os que não têm medo da Covid-19, por outro lado, declinou e chegou a 21%, contra 26% em março.

O perfil de quem mais teme a doença é mulher (51%), nordestina (51%) e pobre (50%). Entre os homens que têm muito medo de serem infectados a taxa é de 38%, já entre os moradores do Sudeste e os mais ricos o índice é de 35%. O índice de entrevistados que se infectou ou conhece alguém que foi infectado é mais alto entre os mais ricos (77%), instruídos (69%) e moradores das regiões metropolitanas (64%).

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A pesquisa mostra ainda que nove em cada dez entrevistados, ou seja, 89% avaliam que o uso da cloroquina como tratamento do novo vírus deve ser uma decisão dos médicos e não dos políticos. Ao todo, 2 069 entrevistas por telefone foram feitas com pessoas com mais de 16 anos entre os dias 25 e 26 de maio. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Nesta terça, 2, a Fiocruz confirmou que 11 milhões de testes para detecção do coronavírus serão produzidos até setembro deste ano. “Temos um trabalho dedicado aos testes diagnósticos moleculares (PCR) para detecção do vírus no início dos sintomas na Bio-Manguinhos, que também produz vacinas em parceria com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP). Além disso, o centro hospitalar dedicado à Covid-19, com 195 leitos, será usado para o atendimento de outras pesquisas sobre doenças infecciosas”, disse a presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade.

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