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Meditação ajuda a reduzir dor crônica, diz estudo

Indivíduos com maior facilidade de praticar a atenção plena têm menor sensibilidade à dor e maior desativação de circuitos cerebrais específicos

Por Da Redação
Atualizado em 11 set 2018, 18h19 - Publicado em 10 set 2018, 18h31

Você já ouviu falar na técnica de meditação atenção plena? O método tem sido usado para ajudar as pessoas a manterem o foco no presente – o que acontece ao seu redor naquele momento –, procurando esvaziar a mente por algum tempo. A atenção plena melhora o desempenho no trabalho e na vida, pois busca apurar o poder de concentração dos indivíduos. Além disso, a estratégia pode ser uma importante aliada no combate à dor crônica, caracterizada por dores intensas e persistentes que duram semanas ou até meses. Pelo menos é o que indica um novo estudo, publicado na revista Pain.

Sabe-se que algumas pessoas têm uma atenção plena natural maior que outras. Essas pessoas também parecem ser mais resistentes à dor. Para testar essa hipótese, pesquisadores do Centro Médico Wake Forest Baptist, em Winston-Salem, avaliaram 76 pessoas saudáveis, sem histórico de prática meditativa.

A capacidade de atenção plena dos participantes foi avaliada pela Freiburg Mindfulness Inventory (FMI), uma ferramenta de análise de percepção de comportamento. Em seguida, os pesquisadores administraram estimulação dolorosa ao calor e estimulação não dolorosa (como placebo), ao mesmo tempo que em monitoravam a atividade cerebral dos voluntários por meio de ressonância magnética funcional. A atenção plena está associada à desativação do córtex cingulado anterior, região cerebral responsável pela regulação das funções autônomas, como pressão sanguínea; e cognitivas, como emoção e aprendizado.

Capacidade de concentração

A equipe constatou que os indivíduos com maior predisposição à atenção plena tinham baixa sensibilidade à dor e maior desativação de um circuito cerebral conhecido como rede neural padrão. Esse mecanismo compreende várias áreas do cérebro que estão interconectadas e ativas durante o repouso, ou seja, quando a atenção está voltada para o mundo interior da pessoa e não para o mundo exterior.

Já os participantes que relataram sentir dor tinham essa região do cérebro menos ativa. “A rede neural padrão é desativada sempre que você está realizando qualquer tipo de tarefa, como ler ou escrever”, explicou Fadel Zeidan, principal autor do estudo. Portanto, esses indivíduos não foram capazes de se libertar das distrações exteriores, ao contrário dos que não relataram dor.

Novos tratamentos

Diante dos resultados, os cientistas concluíram que pessoas com alta capacidade de concentração no momento presente experimentam menos dores. Com a descoberta, eles esperam desenvolver novas formas de terapia que trabalham essa região específica do cérebro para ajudar pacientes que sofrem de dor crônica. “É importante ressaltar que este trabalho mostra que devemos considerar o nível de atenção plena ao calcular por que e como a pessoa sente menos ou mais dor”, salientou Zeidan.

De acordo com o estudo, essa forma de meditação é ainda mais eficaz que o tratamento-padrão da dor crônica. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED) em 2016 mostrou que 37% da população brasileira sofre com o problema, que atinge principalmente mulheres das regiões Sul e Sudeste, com idade média de 41 anos. 

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