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Médicos de SP suspendem atendimento a planos na 5ª feira

Entre as insatisfações dos médicos paulistas estão as interferências por parte dos convênios na prática médica e reajustes de honorários

Por Da Redação
23 abr 2013, 20h03

Os médicos do estado de São Paulo programam para a próxima quinta-feira (25) uma nova suspensão do atendimento a pacientes de todos os planos de saúde. A decisão, anunciada pela Associação Paulista de Medicina (APM), é uma forma de protesto dos profissionais contra as empresas de saúde. Apenas os casos de emergências serão atendidos. Ainda segundo a APM, médicos de todo o Brasil realizarão, na mesma data, o �Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde�.

�A ideia é tornar pública a insatisfação com as inaceitáveis e recorrentes interferências das empresas no exercício da medicina, reivindicar honorários justos e, especialmente, exigir condições adequadas para uma assistência de qualidade aos pacientes�, diz a entidade. Os médicos pretendem ocupar a Avenida Paulista, em São Paulo, na manhã de quinta-feira.

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Paralisação contra planos de saúde tem 80% de adesão dos médicos

Insatisfação em números – Mais de 80% dos médicos, dentistas e fisioterapeutas conveniados a planos e seguros de saúde afirmaram que já se descredenciaram ou que pretendem se descredenciar das empresas. É o que revela pesquisa inédita da Associação divulgada nesta terça-feira.O estudo ouviu mais de 5.000 profissionais das três áreas, entre os dias 3 e 14 de abril.

De acordo com a pesquisa, os profissionais afirmam que �um grande número de pacientes de planos de saúde tem recorrido ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao atendimento privado em função de obstáculos colocados pelas empresas�. Entre os problemas destacados estão a restrição a execução de procedimentos de alta complexidade e a pressão para reduzir o número de solicitações de exames considerados essenciais.

Além disso, eles reclamam da dificuldade em receber pelos serviços prestados e informaram que 97% dos cirurgiões-dentistas e 98% dos médicos e fisioterapeutas estão insatisfeitos com a sua remuneração. Os reajustes das categorias também foram alvo de contestações.

Quando perguntados se consideravam os planos para os quais trabalhavam bons ou ótimos, apenas 6% dos médicos e 3% dos dentistas qualificaram as empresas positivamente. Entre todos os fisioterapeutas entrevistados, nenhum considerou o seguro de saúde como bom ou ótimo.

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Florisval Meinão

Presidente da Associação Paulista de Medicina (APM)

“As reivindicações deste ano são muito parecidas com as do ano passado, porque, na verdade, evoluiu-se muito pouco nesse período. As negociações não atenderam plenamente às nossas necessidades. Em função disso, estamos retomando as negociações. Nossa principal reivindicação é o reajuste dos honorários para recompor, mesmo que parcialmente, as perdas acumuladas ao longo dos anos – calcula-se que estejam acima dos 50%. Mas também queremos que as empresas firmem com os médicos contratos que obedeçam as regras determinadas pela Agência Nacional de Saúde, algo que eles têm se negado sistematicamente. Ou seja, os nossos contatos não têm cláusula de reajustes, não têm periodicidade. Assim, os médicos ficam à mercê da boa vontade das empresas para obter esses reajustes.”

(Com Estadão Conteúdo)

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