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Medicamento para alopecia, que faz perder o cabelo, é aprovado no Brasil

Anvisa deu aval para remédio que proporciona a recuperação de 80% do cabelo em pesssoas que possuem a condição, como Jada Pinkett Smith

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 jan 2024, 09h58 - Publicado em 26 jan 2024, 09h00

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro medicamento para tratamento da alopecia areata (AA) grave, doença autoimune na qual o sistema imunológico do indivíduo ataca os folículos pilosos, provocando falhas ou a perda total do cabelo e que ganhou visibilidade quando Jada Pinkett Smith, ex-mulher Will Smith, assumiu publicamente ter a enfermidade após Chris Rock fazer uma piada sobre sua calvície no palco do Oscar 2022 e levar um tapa do ator. 

Trata-se do ritlecitinibe, produzido pela Pfizer e que será vendido com o nome comercial LITFULO®, remédio de uso oral e diário, indicado para pessoas a partir de 12 anos de idade. “Além dos adultos, a alopecia areata acomete também adolescentes, e é comum os pacientes lidarem com a frase ‘é só cabelo’”, comenta Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil. “Porém, a doença pode causar impactos que ultrapassam a questão estética e trazem consequências para a sua autoestima e saúde mental ao longo do tempo.”

Segundo o estudo ALLEGRO, no qual foi beseada a aprovação da agência reguladora, o fármaco proporciona uma recuperação de 80% ou mais do cabelo. “É animador contribuir com uma mudança na perspectiva de vida dessas pessoas uma vez que, até então, não havia opções de tratamento aprovadas para alopecia areata em adolescentes, e as opções para adultos eram bastante limitadas”, acrescenta Adriana sobre a doença que acomete cerca de 2% da população mundial, em algum momento da vida, de ambos os sexos, etnias e idades.

Estudo em 18 países

A aprovação levou em consideração os dados do estudo randomizado, duplo cego e placebo controlado de fase 2b/3, ALLEGRO, publicado pelo The Lancet em abril de 2023. Realizado em 18 países, teve como objetivo avaliar a eficácia e a segurança do medicamento envolvendo 718 pacientes a partir de 12 anos, com 50% ou mais de perda de cabelo do couro cabeludo – definidos a partir de avaliação pela escala Severity of Alopecia Tool (SALT).

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23% dos pacientes tratados com o remédio recuperaram 80% ou mais dos cabelos do couro cabeludo após 6 meses de tratamento, comparado a 2% dos participantes que receberam placebo durante o mesmo período. Entre os efeitos adversos, foram relatados cefaleia, nasofaringite, infecção de via aérea superior, acne e náusea.

O estudo de Fase 3 ALLEGRO-LT segue em andamento para investigar a segurança e a eficácia do medicamento em adultos com perda de cabelo igual ou superior a 25%. O medicamento também está sendo estudado como opção de tratamento para vitiligo, doença de Crohn e retocolite ulcerativa.

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