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‘Maratonas de sono’ não compensam noites mal dormidas

Pesquisa mostrou que dormir muito no final de semana não compensa as noites mal dormidas ao longo da semana

Por Da Redação
27 abr 2017, 12h47

Você costuma dormir pouco e compensar nos fins de semana? De acordo com estudo da Universidade Baylor, nos Estados Unidos, o costume de dormir por horas seguidas, em ‘maratonas de sono’ para tentar contrabalançar as noites mal dormidas, pode causar sérios danos ao cérebro.

O estudo mostrou que períodos de sono irregulares, principalmente em pessoas mais jovens, deteriora a função cognitiva, afeta a atenção e a criatividade. O costume de postergar o sono pode influenciar, até mesmo, a saúde mental, causando ansiedade e depressão, segundo informações do site britânico Daily MailA Fundação Nacional do Sono, dos Estados Unidos, recomenda que jovens adultos durmam entre sete e oito horas por noite.

O estudo

No estudo, os pesquisadores analisaram os padrões de sono de 28 estudantes de design de interiores da Universidade Baylor, em Waco, no Texas (EUA), a partir da actigrafia – monitoramento do ciclo atividade-repouso do corpo humano. Os resultados mostraram que 79% dos participantes dormiam menos de sete horas em, pelo menos, três noites por semana. O interessante é que os próprios estudantes acreditavam que dormirem mais do que de fato dormiam.

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Os participantes também completaram duas sessões de testes cognitivos, uma no início do estudo e outra no final, nos mesmos horários, que avaliavam seus níveis de criatividade e atenção“O que chamamos de ‘criatividade’ é, muitas vezes, a capacidade das pessoas de ver o elo entre as coisas que, à primeira vista, parecem não estar relacionadas”, explicou Michael Scullin, diretor de neurociência e cognição do sono da Universidade Baylor, ao Daily Mail.

Criatividade

Três palavras vagamente conectadas entre si, como ‘sore’, ‘shoulder’ e ‘sweat’ (em português, dor, ombro e suor) eram ditas aos participantes e eles precisavam descobrir qual seria a quarta palavra que as conectaria. “O que primeiro vem à mente são palavras relacionadas ao exercício físico, mas, neste caso, nenhuma palavra desse tipo realmente funciona”, disse Scullin. “Na verdade, a palavra mais criativa e correta seria ‘cold’ [resfriado]”.

Segundo a autora da pesquisa, Elise King, professora de design na Universidade Baylor, existe um mito de que as ideias criativas ocorrem no meio da noite, por isso muitos viram a madrugada estudando. “Vimos as consequências desse tipo de pensamento: ansiedade, depressão e outras questões da saúde mental. Sem falar os perigos de dirigir tendo o sono privado“, completou.

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Memória a curto prazo

A atenção executiva, mais conhecida como memória de trabalho, permite que as pessoas guardem memórias por um curto período de tempo enquanto realizam uma tarefa. Para avaliar esse nível de atenção, os voluntários observaram uma grade com quadrados pretos e brancos e então decidiram se a grade era simétrica ou não.

Depois, foram mostradas uma grade com um quadrado destacado em vermelho e, em seguida, outra grade com um quadrado diferente também destacado em vermelho. Esse jogo se repetiu cinco vezes até que eles fossem solicitados a lembrar de todos os locais na ordem correta. “Quanto maior a variabilidade de sono durante a semana, pior a função cognitiva do participante”, afirmou o diretor.

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