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EUA estendem uso de máscaras em transportes por mais duas semanas

CDC anunciou a medida por conta da disseminação da subvariante BA.2, que representa mais de 85% dos novos casos de coronavírus no país

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 18h33 - Publicado em 13 abr 2022, 15h24
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  • Apesar da grande pressão das companhias aéreas e de executivos republicanos para suspender a regra que exige o uso de máscaras em aviões e trens, em aeroportos e em alguns ônibus, o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) anunciou nesta quarta-feira 13, que estenderia a exigência em transporte público nos Estados Unidos por mais duas semanas. “O mandato deve expirar em 3 de maio”, disse o órgão, em nota.

    O CDC citou a disseminação da subvariante ômicron do coronavírus conhecida como BA.2, que representa mais de 85% dos novos casos de vírus nos EUA, em sua decisão de estender a norma. “Para avaliar o impacto potencial que o aumento de casos tem sobre doenças graves, incluindo hospitalizações e mortes, e a capacidade do sistema de saúde, a ordem do CDC permanecerá em vigor neste momento”, completou a agência, observando que seria feito um monitoramento dessa variante para uma nova decisão posterior à nova data.

    Pouco antes da resolução, Ashish K. Jha, novo coordenador de resposta à Covid-19 da Casa Branca, disse ao programa “Today” da NBC, que a diretora do CDC, Rochelle Walensky, estaria utilizando uma “estrutura que os cientistas do CDC criam” para determinar se a extensão era necessária. “Tomaremos uma decisão coletiva com base nesse fato”, disse ele, chamando a imposição de “decisão do CDC”.

    A possibilidade de prorrogação provocou aplausos de alguns passageiros, que dizem que a exigência os faz sentir-se mais seguros em aviões e aeroportos lotados, à medida que novas variantes do coronavírus se espalham; e decepção de outros, que acham um absurdo exigir máscaras no céu e em aeroportos quando não são mais necessários na maioria dos outros ambientes internos.

    Nos últimos meses, o setor vem pressionando a Casa Branca para derrubar a regra da máscara e a exigência de testar antes de retornar do exterior aos Estados Unidos. Em uma das manifestações mais recentes, datada de 8 de abril, a Airlines for America, grupo que representa oito companhias aéreas norte-americanas; a US Travel Association, grupo comercial que representa mais de 1.000 organizações públicas e privadas que atendem a viajantes de negócios e lazer; a Câmara de Comércio dos EUA, o maior grupo de lobby empresarial do país; e a American Hotel and Lodging Association, que representa milhares de hotéis, enviou uma carta ao Jha, argumentando que consideram essas medidas desnecessárias e estava prejudicando economicamente o país. “Embora os benefícios de saúde pública dessas políticas tenham diminuído bastante, os custos econômicos associados à manutenção dessas medidas são significativos”, escreveram.

    Antes da decisão, os principais sindicatos que representam comissários de bordo e funcionários da Administração de Segurança de Transportes, e que precisam lidar com a aplicação da regra, se recusaram a se posicionar. “O que quer que a agência implemente, temos que cumprir”, disse Hydrick Thomas, presidente do sindicato que representa os funcionários da Transportation Security Administration. Ele acrescentou que acredita que as máscaras protegem seus funcionários, suas famílias e as tripulações.

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