Não são somente os maiores centros urbanos que vivem uma nova onda de Covid-19. De acordo com a National Science Foundation (NSF), a estação americana McMurdo, na Antártida, registrou 98 testes positivos desde o início de outubro, em uma população total de 993 habitantes. Isso representa o maior surto que uma base experimentou no continente.
Agora, a fundação corre para “diminuir a densidade da população e, assim, reduzir a possibilidade de transmissão”, cessando todas as viagens nas próximas duas semanas até “reavaliar a situação”.
O surto da doença ocorre quando as estações estão se preparando para a temporada de verão, em que muitos cientistas passam de dois a três meses realizando pesquisas. Para várias bases, este ano marcou a primeira temporada completa de estudos na Antártida após dois anos de interrupção por conta da pandemia. Ainda não está claro, porém, que efeito essa pausa terá nos projetos de pesquisa.
Este não é i primeiro surto de Covid-19 na Antártida. Em dezembro de 2020 foram detectados os primeiros casos, com 36 pessoas testando positivo na base do Chile. Um ano depois, um surto infectou 11 das 30 pessoas na estação de pesquisa belga, Princess Elisabeth, e em janeiro de 2022, foram registrados 24 casos em um surto na base da Argentina.
Dos 64 casos ativos, “a maioria apresenta sintomas leves e estão isolados em seus quartos”, disse a NSF. Aqueles que testarem positivo serão obrigados a se isolar por cinco dias e usar máscara por mais cinco dias. Passado esse período, só poderão retornar ao trabalho após dois testes negativos.