Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Lei da bengala: órtese do SUS para deficiente visual terá padrão por cor; entenda

Sinalização em objeto que auxilia na locomoção tem como objetivo permitir a identificação do tipo de condição visual; lei entra em vigor em 180 dias

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 ago 2024, 17h40
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Para cada grau de deficiência visual, há cores para sinalizar a bengala e facilitar a identificação do usuário caso ele precise de ajuda. O conhecimento sobre o tema deve ser ampliado com a sanção pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da nova lei que determina que as órteses entregues pelo Sistema Único de Saúde (SUS) devem seguir os padrões de coloração de acordo com solicitação do paciente. Os detalhes foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 5.

    A proposta da Lei 14.951 foi debatida na Câmara a partir do projeto do deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) e aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) em setembro do ano passado. À Agência Câmara de Notícias, Neto declarou que o objetivo era oferecer “mais qualidade de vida à pessoa que tem problemas com a acuidade visual”.

    A lei, que entra em vigor em 180 dias, tem como foco as pessoas com cegueira, baixa visão e surdocegas e se baseia em cores que têm se consolidado na identificação da bengala longa pela população com deficiência visual:

    Segundo o texto, a avaliação da cegueira, da baixa visão ou da surdocegueira, caso seja necessária, será biopsicossocial e realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar.

    Continua após a publicidade

    “O Sistema Único de Saúde (SUS) fornecerá a bengala longa na coloração solicitada pela pessoa que a utilizará, conforme sua percepção das barreiras que lhe dificultam a participação plena e efetiva na sociedade”, informa um dos parágrafos.

    ‘Cores são um alerta’

    Para o produtor de conteúdo Fernando Campos, que perdeu a visão após enfrentar um tumor maligno ocular, a lei é importante tanto para a pessoa que vive com deficiência visual quanto para a população em geral.

    “A bengala é mal interpretada e algumas pessoas têm resistência para usar, mas ela é um guia. As cores da bengala servem como um alerta e como um sinalizador de como você pode chegar à pessoa cega para ajudá-la. É interessante que a sociedade tenha essa consciência”, diz Campos, que é autor dos livros Enxergando além do Atlântico: uma jornada ao Reino Unido e O Tesouro das Diferenças.

    Continua após a publicidade

    Integrante do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e do comitê científico da Retina Brasil, a médica oftalmologista Fernanda Belga Ottoni Porto diz que a proposta de dar cores à órtese se baseou na ideia da professora argentina Perla Mayo que iniciou, em 1996, o movimento Bengala Verde, voltado para as pessoas com baixa visão. A iniciativa cresceu e foi incorporada há uma década no Brasil.

    “Os pacientes com baixa visão começaram a sentir autonomia e segurança. Isso identifica que eles precisam de ajuda e mostra o grau de comprometimento que têm. Então, eles sentem orgulho de estar com a bengala.”

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.