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IMC: saiba o novo veredito da ciência sobre uso do índice para gordura corporal

Usada isoladamente, fórmula confirmou adiposidade em excesso em 98,4% das pessoas diagnosticadas com obesidade em estudo

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 abr 2025, 16h35

Há mais de 190 anos, foi criada a equação que conceitua se uma pessoa vive ou não com obesidade mantida como parâmetro até os dias atuais. Apesar de estar consolidado, o índice de massa corporal (IMC) tem passado por idas e vindas como método mais adequado para esse tipo de avaliação. Uma das principais críticas é o fato de o índice não captar outros marcadores que podem causar riscos à saúde, caso da gordura visceral. Apesar da validação do índice de redondeza corporal (BRI, na sigla em inglês) por um robusto ensaio científico no ano passado, um novo estudo publicado no periódico Jama Network mostrou que o IMC continua no páreo como ferramenta para apontar gordura corporal em excesso.

O trabalho, que avaliou 2.225 pessoas de 20 a 59 anos, teve como objetivo verificar a efetividade do cálculo (a divisão do peso pela altura ao quadrado) para constatação de excesso de adiposidade em um indivíduo. Para isso, os pesquisadores compararam resultados de outros dois métodos: a medida da circunferência da cintura ou os dados obtidos por meio do exame dexa, padrão-ouro para medição de gordura acumulada no corpo.

E a fórmula, usada isoladamente, confirmou adiposidade em excesso em 98,4% das pessoas diagnosticadas com obesidade avaliadas no ensaio. O grupo informou que os resultados foram “consistentes por idade, sexo, raça e etnia”.

A confirmação do excesso de adiposidade na prática clínica de rotina pode ser desafiadora. A medição direta da gordura corporal por dexa de corpo inteiro requer equipamento especializado e pode acarretar custos para os pacientes. Outros índices antropométricos (como a circunferência da cintura) são convenientes e complementares, mas aspectos técnicos (por exemplo, a localização de pontos anatômicos) podem contribuir para erros de medição, particularmente em pacientes com IMC elevado”, escreveram os autores.

arte IMC
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IMC é importante para triagem

Em outros momentos em que o IMC foi posto à prova, especialistas se manifestaram apresentando a importância da medição para verificação de riscos relacionados à obesidade, caso das doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer.

“O IMC é um exame de triagem para apontar quem vai precisar de mais cuidado”, afirma o endocrinologista Bruno Geloneze, professor da da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “É óbvio que não vai conseguir captar a distribuição da gordura, mas o médico precisa ter conhecimento das manifestações clínicas do paciente, porque nenhum índice isolado vai corresponder à saúde da pessoa.”

Por isso, continua sendo utilizada nos dias atuais de forma eficaz. “Até hoje, são poucas as ferramentas isoladas que conseguem entregar que conseguem entregar informações tão relevantes quanto o IMC em relação ao risco e ao diagnóstico de obesidade”, explica Paulo Miranda, coordenador da comissão internacional a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).

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Há limitações, claro, por fazer uma relação apenas entre peso e altura sem considerar outros indicadores. “Algumas pessoas que têm maior massa magra, portanto, não têm excesso de adiposidade, podem ser falsamente classificadas como sobrepeso ou obesidade”, diz Miranda.

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