Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Governo muda calendário básico de vacinações

Por Vannildo Mendes Brasília – O Ministério da Saúde anunciou ontem mudanças no calendário básico de vacinações, com a introdução de duas novas vacinas na rede pública para crianças a partir do segundo semestre deste ano. A vacina pentavalente dará imunidades contra cinco doenças (difteria, tétano, coqueluche, influenza e hepatite B) numa única dose, em […]

Por Da Redação
19 jan 2012, 08h30
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Por Vannildo Mendes

    Publicidade

    Brasília – O Ministério da Saúde anunciou ontem mudanças no calendário básico de vacinações, com a introdução de duas novas vacinas na rede pública para crianças a partir do segundo semestre deste ano. A vacina pentavalente dará imunidades contra cinco doenças (difteria, tétano, coqueluche, influenza e hepatite B) numa única dose, em vez das duas picadas administradas hoje. Já o combate à poliomielite ganhará a vacina injetável, que se alternará com a tradicional dose oral, popularizada pelo `Zé Gotinha’.

    Publicidade

    A tendência é que a vacina injetável substitua completamente no futuro a dose oral, que traz algum risco de contágio por usar vírus ativo de baixa intensidade. O ministro Alexandre Padilha explicou que nos últimos vinte anos houve 46 casos de paralisia flácida aguda associada à administração do vírus oral vacinal (VOP), sendo dois deles no ano passado. “O risco era muito pequeno e agora será de zero com o novo formato e a introdução do vírus inativado”, disse ele.

    O ministro explicou que a dose oral foi vital para o Brasil vencer o trauma da paralisia, que atingiu milhares de brasileiros até a década de 1980. Até a descoberta da vacina, conhecida como Sabin, o País registrava mais de 2 mil casos anuais de paralisia infantil, que provocavam mortes ou danos irreversíveis nas crianças.

    Publicidade

    A dose oral não será logo extinta porque tem outras vantagens: o poder mobilizador do Zé Gotinha e o chamado efeito rebanho da vacina. Depois de expelido, o vírus fraco da vacina se combina com o selvagem na natureza e reduz o risco de contágio na comunidade. Por isso, segundo o ministro, as duas formas vão conviver até que a doença seja erradicada no mundo, por recomendação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

    Continua após a publicidade

    A poliomielite, que não ocorre no Brasil há 22 anos, ainda existe em 25 países e em quatro deles de forma endêmica (Índia, Paquistão, Nigéria e Afeganistão). Na prática, a picada a menos que as crianças terão com a vacina pentavalente será compensada com a picada a mais da dose injetável contra a pólio. Esta será administrada na criança aos dois e aos quatro meses de idade, quando é maior o risco de contágio da dose oral. Na terceira dose, aos seis meses e na de reforço, aos 15 meses, o Zé Gotinha entra em cena.

    Publicidade

    O secretário de Vigilância da Saúde, Jarbas Barbosa, explicou que até julho o calendário continua como está. Até lá o governo cuidará da logística de distribuição das vacinas e do treinamento das equipes. Em junho, a primeira etapa anual da campanha de vacinação será igual aos anos anteriores. Nessa data, toda criança menor de 5 anos deve ser levada ao posto para tomar as duas gotinhas da vacina de pólio.

    Padilha assinou ontem acordo com três grandes instituições públicas – Fundação Oswaldo Cruz, do Rio; Instituto Butantã, de São Paulo e Fundação Ezequiel Dias, de Minas – para produção de três novas vacinas: contra HPV (papilomavírus humano), causador de câncer do colo do útero, contra a hepatite A e contra a varicela (catapora). O acordo prevê ainda desenvolvimento de tecnologia para produção da vacina heptavalente, que imunizará contra sete doenças de uma vez, em lugar das cinco atuais.

    Publicidade

    Vannildo Mendes

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.