Flexibilização da quarentena poupou 318 mil empregos em SP, indica análise
Segundo o estudo da Fipe, medidas não comprometeram sistema de saúde e beneficiaram principalmente trabalhadores formais de baixa renda e pouca escolaridade
Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 17, o governo do estado de São Paulo afirmou que as flexibilizações da quarentena anunciadas desde 1º de junho no chamado Plano São Paulo foram responsáveis por manter 318.000 empregos sem comprometer o sistema de saúde.
A análise é assinada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e aponta que os mais beneficiados com a reabertura foram os trabalhadores com menor renda, escolaridade até no máximo o ensino médio e empregados no mercado formal. Os homens (54,8%) também tiveram mais empregos preservados que as mulheres (45,2%).
O estudo também apontou que as regiões mais dedicadas a acompanhar o faseamento de reabertura proposto pelo plano do governo obtiveram os melhores resultados. A grande São Paulo foi a que mais teve postos de trabalhos poupados.
Um dos dados levados em conta pelo estudo foi a ocupação de leitos de UTI por pacientes com Covid-19 em todo o Estado, taxa que passou de 74% em 1º de junho para 57,4% em meados de agosto. Parte desta drástica diminuição está ligada ao aumento da capacidade hospitalar, que passou de 11 leitos por 100.000 habitantes para 22 leitos por 100.000 habitantes ao longo da pandemia
Dados epidemiológicos
Desde o começo da crise do coronavírus, São Paulo registrou 702.665 diagnósticos da doença e 26.899 mortes em decorrência do vírus. Recuperados estão estimados em 502.107 pessoas e altas hospitalares estão em 81.573. Nas últimas 24 horas foram 3.172 diagnósticos positivos e 47 novos óbitos.
De acordo com o governo, a média diária de novas internações e de mortes por semana apresentou queda: foram 1.658 e 252 registros diários respectivamente.